O diretor da Agência Central de Inteligência norte-americana disse que a liderança chinesa está considerando prestar ajuda militar direta à Rússia.
William Burns, diretor da Agência Central de Inteligência (CIA, na sigla em inglês) dos EUA, declarou na sexta-feira (24) que a China está considerando fornecer armas letais à Rússia para a sua operação militar especial na Ucrânia.
Em uma entrevista à emissora CBS News, publicada no sábado (25), Burns comentou as declarações de 18 de fevereiro de Antony Blinken, secretário de Estado dos EUA, também à CBS News, sobre os supostos dados obtidos por Washington relativamente a essa questão.
“Quão confiante você está na inteligência de que isto é algo sobre o qual o próprio Xi Jinping pode mudar de ideia?” perguntou a moderadora Margaret Brennan.
“Estamos certos de que a liderança chinesa está considerando fornecer equipamento letal [à Rússia]. Mas não vemos que uma decisão definitiva tenha sido tomada ainda e não vemos evidências de remessas reais de equipamentos letais”, respondeu o chefe da CIA.
Brennan também perguntou se o objetivo da Casa Branca em compartilhar a informação da agência norte-americana é dissuadir Pequim de tomar tal decisão.
Burns confirmou que é esse o plano e que, se tal ajuda for fornecida, “seria uma aposta muito arriscada e imprudente“.
Desde 2015, mas particularmente após o começo da operação especial da Rússia na Ucrânia, que os países ocidentais têm enviado diversos tipos de apoio militar a Kiev.