Além da pandemia, graves problemas de saúde mental assomam ao mundo em um futuro próximo. Especificamente, o número de pessoas que sofrem de demência pode triplicar até 2050, de acordo com um estudo publicado nesta quinta-feira no The Lancet. Os cientistas sugeriram que a incidência desta doença aumentaria de 57,4 milhões de casos globalmente em 2019 para 152,8 milhões de casos em 2050.
Espera-se que esse aumento ocorra em todas as regiões, embora com taxas relativamente mais baixas de expansão nos países de alta renda da Ásia-Pacífico (53%) e Europa Ocidental (74%), enquanto o Norte da África e Oriente Médio seriam os aqueles que experimentariam o maior aumento, calculado em 367%.
De acordo com a pesquisa, problemas de estilo de vida, como altos índices de tabagismo, obesidade e diabetes, além do envelhecimento e crescimento populacional, contribuirão para o aumento do número de casos.
“O crescimento no número de pessoas que vivem com demência ressalta a necessidade de políticas públicas de saúde e esforços de planejamento para atender às necessidades desse grupo”, observa o estudo.
Por sua vez, a autora principal Emma Nichols, da Universidade de Washington (EUA), indicou que a pesquisa “pode ser usada por governos nacionais para garantir que recursos e apoio estejam disponíveis para pessoas, cuidadores e sistemas de saúde em todo o mundo”.
Nichols acrescentou que também é necessário “focar mais na prevenção e no controle dos fatores de risco antes que eles levem à demência”, “reduzindo assim a exposição aos principais fatores de risco em cada país”.