A Colômbia comunicou oficialmente a Israel nesta sexta-feira (3) a decisão de suspender as relações diplomáticas bilaterais, conforme já havia sido adiantado pelo presidente Gustavo Petro. A informação foi confirmada pelo Ministério das Relações Exteriores do país andino.
“O Ministério das Relações Exteriores da Colômbia informa que foi entregue, de maneira oficial, ao embaixador de Israel na Colômbia [Gali Dagan], a nota verbal sobre a decisão do governo de romper relações diplomáticas com o Estado de Israel a partir desta data”, afirmou um comunicado divulgado na rede social X.
O Ministério esclareceu que, apesar disso, os serviços consulares entre Tel Aviv e Bogotá serão mantidos. “Além disso, foi comunicado ao embaixador que, por meio da Direção de Protocolo do Ministério das Relações Exteriores, será coordenado o procedimento e os prazos para a saída do pessoal diplomático”, anunciou.
Petro já havia adiantado em 1º de maio, durante um discurso em comemoração ao Dia Internacional dos Trabalhadores, que o governo romperia relações com Tel Aviv como uma forma de rejeição à ofensiva militar que Israel está conduzindo na Faixa de Gaza.
A Colômbia tem sido um dos países mais críticos à campanha israelense no enclave palestino, lançada em resposta ao ataque do Hamas em 7 de outubro. Bogotá e Tel Aviv já haviam cancelado relações comerciais e de cooperação militar e de segurança.
Segundo país da América Latina a romper relações
A Colômbia é o segundo país da América Latina, depois da Bolívia, a romper relações com Israel por conta da guerra em curso há quase sete meses. Na última quinta (2), o ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz comentou a decisão do governo da Colômbia e classificou Petro como “um presidente genocida”.
“A história lembrará que Gustavo Petro decidiu ficar do lado dos monstros mais desprezíveis conhecidos pela humanidade, que queimaram bebês, assassinaram crianças, estupraram mulheres e sequestraram civis inocentes”, escreveu Katz em sua conta no X.