Na África Austral o coronavírus está se transformando em uma variante “preocupante”, batizada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) com o nome de Ômicron.
No mundo podem surgir mutações tão perigosas quanto o vírus ebola, aponta o presidente da Associação Médica Mundial (WMA, na sigla em inglês), Frank Ulrich Montgomery.
Montgomery alerta para a possibilidade de surgimento de uma supervariante de coronavirus.
“Minha grande preocupação é que possa surgir uma variante tão infecciosa quanto a Delta e tão perigosa quanto o ebola”, disse ele em entrevista ao grupo de mídia Funke.
Por enquanto, não há informações precisas sobre os riscos da mutação Ômicron, mas aparentemente ela se propaga muito rapidamente, observou Montgomery, ressaltando que no início da pandemia, o mundo subestimou a sua magnitude.
“Eu também pensei que era uma cepa de gripe. Mais tarde, decidimos que poderíamos conseguir chegar à imunidade de rebanho, mas depois veio a Delta – uma variante altamente contagiosa”, disse presidente da WMA.
Ele não descartou a possibilidade de ser necessário realizar revacinação contra a COVID-19 anualmente.
A nova variante foi detectada pela primeira vez em 9 de novembro na África do Sul por meio de uma análise genética.
Muitos apontam para a sua alta transmissibilidade e resistência às vacinas: a variante recém-descoberta (B.1.1.529 ou Ômicron) tem mais mutações na proteína spike do que todas as outras variantes da COVID-19. Nesta sexta-feira (26), a OMS classificou-a como uma variante preocupante.