Gaby Lasky, membro do Knesset que representa o partido extremista de esquerda Meretz, postou um tweet na terça-feira pedindo ao governo israelense que “abra as portas” para centenas de milhares de refugiados do Afeganistão.
ABRA OS PORTÕES
“A tomada do Afeganistão pelo Taleban coloca centenas de milhares de afegãos em perigo por seus direitos e suas vidas”, tuitou Lasky. “Apelo ao Vice-Ministro das Relações Exteriores e ao Vice-Primeiro Ministro, Yair Lapid, para que abra as portas do Estado de Israel e receba os refugiados. Será o ato humano e humanitário a fazer.”
Lasky esteve envolvido com várias ONGs anti-Israel, como Breaking the Silence, B’Tselem, Anarchists Against the Wall, Machsom Watch e Peace Now.
O Meretz firmou um acordo de coalizão com Naftali Bennett em junho, insistindo (e recebendo) uma promessa de promover os direitos dos homossexuais, que incluía legislação sobre o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Este acordo atraiu consternação dos partidos árabes, que também haviam prometido aderir à coalizão. O Meretz defende a criação de um estado “palestino” sem precedentes dentro das fronteiras de Israel, etnicamente limpo de judeus e com capital em Jerusalém.
Como chefe dos partidos da Nova Direita, Naftali Bennett foi eleito em uma plataforma que rejeitou a solução de dois estados e os casamentos do mesmo sexo.
MUITOS MUÇULMANOS
À primeira vista, a proposta de Lasky é problemática. Mesmo antes da recente derrubada do governo afegão pelo Taleban, não havia relações diplomáticas formais entre Israel e o Afeganistão. Deve-se notar que o Afeganistão é 99,7% muçulmano, a população muçulmana em Israel é ligeiramente superior a 1,562 milhão, representando 17,8 por cento da população geral do país. Se Lasky realizar seu desejo, esses números aumentarão significativamente.
TRIBOS PERDIDAS
Por outro lado, aproximadamente 40% da população do Afeganistão, aproximadamente 50 milhões de pessoas, é etnicamente pashtun. Os pashtuns acreditam que eles são descendentes do rei Saul, que mais tarde se converteu ao islamismo. Eles se autodenominam Bani-Israel, como o hebreu B’nai Israel, ou seja, os filhos de Israel. Há razões para acreditar que esta afirmação é historicamente precisa, caso em que o apelo de Lasky para admitir os refugiados afegãos seria a profetizada reunião dos exilados que precede a era messiânica.