Tel Aviv tem constantemente ameaçado tomar medidas para impedir que o Irã desenvolva armas nucleares. Por sua vez, Teerã nega tencionar construí-las, apesar de afirmar que destruir Israel é um de seus objetivos.
O Departamento de Estado dos EUA aprovou a venda de oito aviões de reabastecimento KC-46A Pegasus para Israel, junto com equipamento de reserva e dispositivos auxiliares, no valor total de US$ 2,4 bilhões (R$ 11 bilhões).
Se o Congresso americano der luz verde ao negócio, Tel Aviv poderá receber as primeiras aeronaves já em 2023.
O Departamento de Estado observou que os aviões de reabastecimento não só irão reforçar a segurança nacional do país, bem como serão uma grande ajuda para os próprios EUA.
“É vital para os interesses nacionais dos EUA ajudar Israel a desenvolver e manter uma forte e pronta capacidade de autodefesa”, diz o comunicado do departamento.
A venda proposta apoia a política externa e a segurança nacional dos Estados Unidos, permitindo que Israel forneça uma capacidade adicional às vantagens dos EUA na região do Oriente Médio, possivelmente libertando ativos dos EUA para utilização em outros locais em tempos de guerra, acrescentou o comunicado do Departamento de Estado.
Embora que as autoridades americanas tivessem dito que a aquisição das aeronaves KC-46A Pegasus por Israel “não iria alterar o balanço de poder militar na região”, a verdade é que as novas aeronaves aumentarão drasticamente a capacidade de Tel Aviv de defrontar o Irã no território do adversário, aponta The National Interest.
Os novos KC-46A Pegasus serão os primeiros aviões deste tipo a ser fornecidos pelos EUA a Israel. Com estas aeronaves, Tel Aviv terá capacidade de executar missões de longo alcance, impedindo, conforme diz, que o Irã desenvolva armas nucleares, escreve mídia.
Não obstante, Teerã tem sempre negado pretender obter armas nucleares, afirmando que tal seria incompatível com a religião islâmica.