Ocorreu em Jerusalém uma conferência que durante 3 dias (13 a 16 de Julho) abordou a questão do crescente antissemitismo, um preocupante fenômeno que cresce assustadoramente um pouco por todo o mundo.
Com o surgimento do recente conflito em Gaza, o antissemitismo teve um crescimento de 75% nos EUA e de 591% no Reino Unido, em parte também devido à desinformação tendenciosa por parte da comunicação social, habitualmente posicionada contra Israel.
Há casos de espancamentos de judeus em pleno dia em Manhattan, Nova Iorque, por grupos simpatizantes dos palestinos, judeus assaltados por uma multidão num bar em Los Angeles, janelas de sinagogas estilhaçadas no Arizona, Illinois e em várias cidades na Europa. Caravanas de carros no centro de Londres com altifalantes ameaçando violar moças judias. Tudo isso passou a ser comum em muitas partes do mundo.
Nas palavras de abertura deste “7º Fórum Global para o Combate ao Antissemitismo”, o recém empossado presidente Herzog afirmou: “Esta conferência é muito atempada, porque o desafio está a tornar-se muito mais difícil e maior.”
E o presidente acrescentou: “De um momento para o outro o chão explodiu de forma bastante preocupante pelo mundo fora, e temos visto coisas que não víamos há muitas décadas: violência física direcionada a judeus em Londres e em outros lugares na Europa e nos Estados Unidos.”
Na opinião dos participantes da conferência internacional, há uma inquestionável ligação entre o anti-sionismo e o antissemitismo, uma vez que os judeus são associados a Israel, o que em muitos casos não é verdade. Há judeus fora de Israel que nem sequer defendem a existência do estado judaico, mas que também são vítimas dos ataques, unicamente pelo facto de serem judeus. Para além da comunicação social, os participantes concluíram que há também um novo ator, a esquerda radical, tanto na Europa como nos EUA, que tem andado a atear as labaredas dos sentimentos anti-Israel, contribuindo inevitavelmente para a violência contra os judeus, para além da exclusão política e social.
Numa altura em que crimes de ódio e de discurso contra negros são inaceitáveis, o mesmo não acontece em relação aos judeus. Há necessidade urgente de uma educação e cooperação global na luta contra o antissemitismo. Os países têm de organizar planos de ação e de cooperação para combater esta verdadeira e preocupante pandemia.