O Ministério da Saúde da Andaluzia confirmou esta quinta-feira que vários dos casos de meningoencefalite detectados em duas cidades da província espanhola de Sevilha estão relacionados com o vírus do Oeste do Nilo, que é transmitido através de picadas de mosquito e, entre outros condições, causa a chamada ‘febre do Nilo’.
Exatamente 12 dos 19 casos confirmados de meningoencefalite tiveram resultado positivo para o vírus mencionado. No total, 17 pessoas foram hospitalizadas por esta causa na província andaluza de Sevilha, todas vizinhas aos municípios de Coria del Río e La Puebla del Río, ambos próximos aos pântanos do rio Guadalquivir, onde abundam os mosquitos.
Sete dos pacientes também necessitaram ser atendidos em unidades de terapia intensiva (UTI), devido à gravidade dos sintomas.
Transmissão por picada de mosquito, não de pessoa para pessoa
As autoridades sanitárias locais lembraram que, em relação a este vírus, não há transmissão de pessoa a pessoa (exceto em transfusões de sangue ou transplantes de órgãos) e que sua disseminação se dá através da picada de mosquitos infectados, a prevenção da infecção em humanos consiste em evitar tais picadas.
Para isso, eles recomendam tomar cuidados como usar mosquiteiros, fumigar quando necessário, limitar o uso de luz ou evitar sair ao ar livre ao amanhecer e ao anoitecer.
Entre os sintomas mais comuns do vírus do Nilo Ocidental estão dor abdominal, febre, dor de cabeça e dor de garganta. A meningoencefalite viral é a doença mais grave causada por este vírus, que se manifesta por inflamação das meninges e dos tecidos cerebrais.
No meio desta semana, a Associação das Empresas de Controle de Pragas da Catalunha (ADEPAP) já alertava para a possível chegada a várias áreas da Espanha de ‘Aedes japonicus’, a espécie invasora do mosquito, do Japão, Coréia, sul da China e da Rússia, que espalha esse vírus.