Homens armados de grupos rivais entraram em confronto na noite desta quinta-feira (27) na entrada sul da capital libanesa, Beirute, deixando duas pessoas mortas e três feridas, informou a imprensa oficial.
Não está claro o que teria iniciado o episódio de violência, mas a mídia local disse que o conflito começou depois que apoiadores do grupo militante xiita Hezbollah ergueram estandartes religiosos e bandeiras, irritando árabes sunitas da área.
A agência estatal de notícias disse que os mortos são um libanês e um sírio; os três feridos eram membros da mesma família. Os confrontos aconteceram em torno da rodovia que liga Beirute ao sul do país. Tropas libanesas fecharam a rodovia e redirecionaram o tráfego para outra estrada.
O confronto durou quase três horas e um prédio próximo foi incendiado. O exército libanês disse que enviou reforços para a área, conhecida como Khaldeh, e acrescentou que as tropas detiveram quatro pessoas, incluindo dois sírios. Uma busca está em andamento para deter mais envolvidos no confronto.
As tensões aumentaram no Líbano recentemente, pois o país enfrenta sua pior crise econômica e financeira em décadas.
Na semana passada, um breve confronto estourou na mesma área quando apoiadores do Hezbollah tentaram levantar um pôster de Salim Ayyash, um membro do Hezbollah acusado por um tribunal apoiado pela ONU de envolvimento no assassinato do ex-primeiro-ministro libanês Rafik Hariri numa explosão de caminhão-bomba em Beirute, há 15 anos.
Em seu veredicto em 18 de agosto, o Tribunal Especial do Líbano condenou Ayyash e absolveu três outros de envolvimento no assassinato, o que causou uma onda de choque no Oriente Médio.
O Hezbollah é um grupo muçulmano xiita, enquanto Hariri era o político sunita mais proeminente no Líbano na época de seu assassinato. O assassinato aprofundou as divisões sectárias no Líbano.
Fonte: AP.