A hipocrisia a que o Conselho de Segurança da ONU há muito nos habituou quando se trata de Israel. Sempre 2 pesos e 2 medidas. Após vários adiamentos, o Conselho de (In)Segurança da ONU aprovou finalmente uma resolução apelando a um cessar fogo temporário em Gaza de forma a permitir um aumento da ajuda ao enclave administrado pelo Hamas, e a imediata libertação dos reféns sequestrados pelo Hamas durante as atrocidades do 7/10.
A resolução recebeu 13 votos a favor, nenhum contra e 2 abstenções, os EUA e a Rússia.
A resolução apela a “passos urgentes para permitir de imediato o acesso irrestrito e expandido de ajuda humanitária e a criação de condições para um fim sustentável das hostilidades.”
EUA ABSTÊM-SE E LAMENTAM A FALTA DE CONDENAÇÃO DO HAMAS
A embaixadora dos EUA na ONU, Linda Thomas-Greenfield, lamentou que a resolução agora aprovada pelo CS da ONU não denuncie o Hamas pelas atrocidades perpetradas no 7 de Outubro.
“Conquanto entusiasmados pelo facto de o conselho ter falado sobre esta crise humanitária, estamos mesmo assim profundamente decepcionados – de facto até chocados – por mais uma vez o conselho não ter sido capaz de condenar o Hamas pelo horroroso ataque terrorista perpetrado em 7 de Outubro.”
E acrescentou: “Não entendo por quê – por que é que alguns membros do conselho estão a impedir o caminho e por que é que recusam condenar inequivocamente tais males.”
“Por que será tão difícil condenar o Hamas por massacrar jovens num concerto, por assassinar famílias, pelos relatos de violência sexual generalizada…Nunca entenderei por que é que alguns membros do conselho permaneceram silenciosos face tão grande mal.”
GUTERRES CULPA ISRAEL (COMO SEMPRE)…
Logo a seguir ao voto da ONU, o secretário-geral António Guterres veio culpabilizar Israel alegando que a ofensiva de Israel “é o problema real…criando obstáculos massiços” às entregas humanitárias.
O que Guterres não diz é que Israel tem proposto permitir a entrada de 3 vezes mais ajuda humanitária. O obstáculo, esse sim, é a falta de disposição e de capacidade dos elementos da ONU e das organizações humanitárias presentes em Gaza para receber e distribuir essa ajuda.