A Coreia do Norte demoliu um importante monumento em sua capital, que simbolizava o objetivo de reconciliação com a Coreia do Sul. Na semana passada, o líder Kim Jong-un chamou o país vizinho de “inimigo primário” e disse que a unificação não era mais possível.
Imagens de satélite de Pyongyang mostraram nesta terça-feira (23) que o monumento, um arco que simbolizava as esperanças de reunificação coreana e que foi concluído após uma cúpula intercoreana histórica em 2000, já não existia, segundo a Reuters.
O arco, formalmente conhecido como Monumento às Três Cartas para a Reunificação Nacional, tinha 30 metros de altura e simbolizava as três cartas, que eram autossuficiência, paz e cooperação nacional, de acordo com registros do governo sul-coreano.
Kim chamou o monumento de “monstruoso” em um discurso na Assembleia Popular Suprema em 15 de janeiro, onde ordenou que a Constituição fosse emendada para dizer que o Sul era um “um inimigo primário e o principal inimigo.
As tensões aumentaram na península coreana após a intensificação das manobras militares entre Estados Unidos e Coreia do Sul em resposta aos testes de armas do Norte, que disse estar se preparando para uma “guerra nuclear” com os seus inimigos.
O presidente sul-coreano, Yoon Suk-yeol, que assumiu o cargo em 2022, mantém uma linha dura contra Pyongyang, apelando a respostas imediatas e duras às ações militares da Coreia do Norte que escalaram as tensões.
A Coreia do Norte prometeu “destruir” o Sul se for atacada por seu vizinho e pelas forças dos Estados Unidos. No final do ano passado, o Norte declarou já não ser válido um acordo fundamental assinado com Seul, em 2018, destinado a diminuir as tensões militares.