Segundo Choe Ryong Hae, presidente do Presidium do Bureau Político do Comitê Central do Partido dos Trabalhores da Coreia do Norte, as armas nucleares visam garantir a paz no país, na península coreana e no mundo.
A Coreia do Norte desenvolve armas nucleares para garantir os direitos do país à existência e ao desenvolvimento, impedir a guerra e proteger a paz e a estabilidade na região. É o que declarou, nesta quarta-feira (27), Choe Ryong Hae, o presidente do Presidium do Bureau Político do Comitê Central do Partido dos Trabalhores da Coreia do Norte.
“A RPDC [República Popular Democrática da Coreia], um Estado responsável, com armas nucleares, desenvolve armas altamente nucleares para garantir os direitos à existência e ao desenvolvimento do país, impedir a guerra e defender a paz e a estabilidade no país, na região [península coreana] e no mundo”, disse Hae, segundo informou a agência de notícias estatal norte-coreana, KCNA.
Hae, que estava presente na comivita norte-coreana que visitou a Rússia em 13 de setembro, acrescentou que a missão das Forças Armadas da Coreia do Norte é “defender a soberania nacional e a integridade territorial e os direitos e interesses do povo, proteger o sistema socialista e as conquistas da revolução de todas as ameaças e garantir a paz e a prosperidade do país com capacidades militares poderosas”.
A declaração de Hae vem na esteira do discurso do enviado da Coreia do Norte às Nações Unidas, Kim Song, na Assembleia Geral da ONU, na última terça-feira (26). No discurso, Song acusou os Estados Unidos e a Coreia do Sul de levarem a península coreana à beira da guerra nuclear, afirmando que, como resultado, seu país não tinha escolha, mas sim acelerar ainda mais o desenvolvimento das suas capacidades de autodefesa.
Anteriormente, o líder norte-coreano, Kim Jong-un, afirmou que a Coreia do Norte precisa reforçar os laços com países que se opõem à hegemonia dos EUA.
“É necessário desenvolver ainda mais a solidariedade com os Estados que se opõem à estratégia de hegemonia dos Estados Unidos e do Ocidente”, disse o líder norte-coreano, segundo noticiou a KCNA.
Kim Jon-un destacou que, neste momento, “a estrutura de uma segunda Guerra Fria está sendo implementada” devido a “forças reacionárias imperialistas”. Ele ressaltou que a existência de Estados soberanos está seriamente ameaçada.