O ministro das Relações Exteriores da Coreia do Norte, Ri Son Gwon, disse nesta sexta-feira (12) que as relações entre Pyongyang e os EUA se deterioraram desde o encontro entre os líderes das nações e voltaram ao estado de desespero.
Em 12 de junho de 2018, o líder norte-coreano, Kim Jong-un, e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, realizaram uma reunião histórica em Cingapura e chegaram a um acordo para desnuclearizar a península da Coreia em troca do fim dos exercícios militares dos EUA em conjunto com a Coreia do Sul e das sanções de Washington.
No entanto, o processo de negociação foi interrompido no ano passado após Pyongyang retomar testes de mísseis.
“O que se destaca é que a esperança de melhorar as relações da República Popular Democrática da Coreia [RPDC] e os Estados Unidos, que estava sob os holofotes do mundo há dois anos, agora foi transformada em desespero, caracterizado por uma deterioração em espiral”, disse o chanceler da Coreia do Norte em comunicado obtido pela agência de notícias KCNA.
Ri enfatizou que Pyongyang havia dado muitos passos para melhorar as relações com os Estados Unidos, mas nenhum movimento similar dos Estados Unidos aconteceu.
“O governo dos EUA, através dos dois anos de práticas totalmente injustas e anacrônicas, revelou abertamente que o seu tão reivindicado ‘aprimoramento das relações’ entre a RPDC e os EUA não significa nada além de uma mudança de regime”, acrescentou o ministro.
Na terça-feira (9), a KCNA também informou que a Coreia do Norte pretende cortar todas as linhas de comunicação com a Coreia do Sul a partir de 9 de junho.