A mídia norte-coreana condenou os movimentos militares de Seul e Washington, que diz estarem aproximando um confronto perigoso na região.
A Coreia do Norte alertou na sexta-feira (19) que os exercícios militares conjuntos entre a Coreia do Sul e os EUA estão conduzindo a região para perto de um conflito armado.
Seul e Washington se preparam para iniciar seu maior exercício militar de todos os tempos, que ocorrerá em cinco fases, de 25 de maio a 15 de junho. Ele envolverá forças aéreas, marítimas e terrestres, incluindo caças F-35A, helicópteros AH-64 Apache, diversos tanques e lançadores múltiplos de foguetes. O evento também marcará o 70º aniversário da aliança entre a Coreia do Sul e os EUA e o 75º aniversário das Forças Armadas sul-coreanas.
Um artigo publicado pela agência norte-coreana Rodong Sinmun diz que a península está “à beira da explosão” e que os exercícios militares conjuntos se tornaram “mais indisfarçáveis e perigosos [por] natureza”.
A mídia disse que se trata de um “exercício para ‘aniquilar’ uma potência nuclear [que] é pura besteira”, e que “é um direito legítimo de um país soberano se equipar com meios de autodefesa mais poderosos para lidar com a grave situação prevalecente e as ameaças futuras“.
“Os movimentos frenéticos de guerra nuclear dos Estados Unidos e dos belicistas fantoches sul-coreanos convidarão uma reação correspondente”, adverte a mídia.
Em abril, a Casa Branca anunciou a Declaração de Washington, um acordo entre a Coreia do Sul e os EUA sobre “dissuasão nuclear”, que o artigo descreveu como uma “ameaça nuclear e chantagem contra a RPDC [República Popular Democrática da Coreia]”.