O setor militar sul-coreano comunicou nesta quinta-feira (24) ter realizado um teste de lançamento real de vários mísseis balísticos e táticos imediatamente após o que chamou de lançamento de míssil balístico intercontinental da Coreia do Norte.
O presidente sul-coreano, Moon Jae-in, acusou anteriormente o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, de violar a moratória sobre lançamentos de mísseis balísticos intercontinentais depois que Pyongyang disparou um míssil de longo alcance em direção ao mar do Japão, também conhecido como mar do Leste.
O teste confirmou que os militares sul-coreanos são capazes de um ataque de precisão, se necessário, contra a localização de qualquer lançamento de míssil norte-coreano e seu sistema de comando, disse o Estado-Maior Conjunto sul-coreano em comunicado.
Os Estados Unidos declararam estar cientes do lançamento de mísseis da Coreia do Norte e disseram condenar tais ações, instando Pyongyang a abster-se desses passos considerados desestabilizantes pelo Comando do Indo-Pacífico norte-americano.
A Casa Branca ainda descreveu o lançamento como uma violação de várias resoluções do Conselho de Segurança da ONU que “aumenta as tensões e corre o risco de desestabilizar a situação de segurança na região”.
O lançamento também foi condenado pelo Japão, com Tóquio enviando uma nota de protesto a Pyongyang. Uma sede de emergência foi estabelecida sob o gabinete do primeiro-ministro Fumio Kishida para coletar e analisar informações sobre o suposto lançamento de míssil pela Coreia do Norte.
Se confirmado, será o 11º lançamento da Coreia do Norte neste ano e o lançamento de mísseis de maior alcance desde novembro de 2017, disse o Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul.