Até 2050, a população na África deve chegar a 2,5 bilhões de habitantes, segundo a Folha de São Paulo. O crescimento da população pressupõe o aumento de problemas estruturais graves já existentes no continente, como a fome e a falta de infraestrutura – em cada dez países africanos, quatro não têm eletricidade, por exemplo. Um dos maiores problemas atualmente é a crise de deslocados internos, causada pela crescente insegurança e violência na África Subsaariana, região abaixo do deserto do Saara.
Na África Subsaariana estão alguns dos países mais violentos contra cristãos da Lista Mundial da Perseguição 2024, como a Nigéria. No dia 29 de maio, as Nações Unidas fizeram um alerta sobre o aumento da instabilidade na região, especialmente por causa de conflitos no Níger, Burkina Faso e Mali.
O diretor da Agência de Refugiados do Oeste Africano e África Central da ONU destacou que a situação não está recebendo a atenção de que precisa: “Apesar de todas as mudanças, crises e conflitos que vemos no mundo, o que está acontecendo na África Subsaariana merece nossa atenção”.
Milhões de deslocados internos
A Agência de Refugiados da ONU, ACNUR, estima que, em 2024, o número de deslocados internos no Oeste Africano e no Centro da África seja de 13,6 milhões de pessoas. E outras oito milhões estão em risco de entrar na mesma situação, deixar suas casas e terras e viver em acampamentos improvisados de deslocados internos por causa da insegurança.
Para os cristãos perseguidos, a situação é duplamente desafiadora. Além de serem obrigados a fugir por serem alvos de assassinatos de grupos extremistas, nos acampamentos em que se abrigam como deslocados internos, com frequência, são alvos de discriminação e ficam ainda mais desprotegidos e suscetíveis a novos ataques.
“É um consolo ver que a comunidade internacional não está ignorando a crise humanitária na África Subsaariana. A Portas Abertas estima que 16,2 milhões de cristãos tenham se tornado deslocados internos por causa da violência na região. Muitos foram forçados a partir por causa da fé em Jesus e se sentem esquecidos pela comunidade internacional e pela igreja global. Esperamos, por meio da oração, mostrar à nossa família em Cristo que eles não estão sozinhos”, conta a representante da Portas Abertas na África Subsaariana, Jo Newhouse.
A igreja na África Subsaariana precisa de nossa ajuda em oração. A crise está além do que as forças humanas conseguem lidar. Participe do desafio e ore durante 30 dias pela África Subsaariana. Baixe o Guia de oração: Desperta África no link.