Cerca de 9% da população de Bangladesh é hindu. Shompa Roy é uma cristã de origem hindu no país. Aos 13 anos, ela se casou e, três anos depois, se tornou mãe. Um dia, enquanto realizava seus afazeres, ouviu um homem falando sobre o evangelho, mas inicialmente não se interessou. Mas isso voltou a acontecer, aguçando sua curiosidade. Ela relembra: “Aquele homem compartilhou o evangelho comigo e disse que Jesus me amava e morreu por minha salvação”.
Depois disso, eles começaram a se encontrar regularmente. “Eu percebi que Jesus ocupou meu coração. Então contei ao meu marido e a reação dele foi muito simples. Ele me perguntou onde eu fiquei sabendo sobre o cristianismo, porque também se interessava em saber mais. Então, juntos, conversamos sobre isso”, conta.
Shompa e seu marido se tornaram cristãos e começaram a contar para muitos hindus da comunidade sobre a diferença que Jesus fez em suas vidas. Mas Shompa era a evangelista principal. Em apenas um ano, 70 pessoas se converteram e foram batizadas em quatro vilas diferentes. Entretanto, falar sobre Jesus vem com um custo. Quanto mais ela compartilhava o evangelho, mais a perseguição aumenta. Os vizinhos tornaram a vida deles muito difícil, excluindo Shompa e sua família da vila.
Um dia, algumas mulheres hindus decidiram forçá-la a renunciar à fé. Elas a convidaram para a casa de uma vizinha. Quando Shompa entrou, elas amarraram suas mãos. “Elas tentaram raspar minha cabeça para me envergonhar na comunidade. Elas queriam que eu renunciasse à minha fé. Eu gritava e pedia que alguém me resgatasse”, conta. De acordo com rituais hindus, quando alguém peca, precisa raspar a cabeça para se arrepender do que fez de errado.
Felizmente, um homem passava e ouviu seus gritos. Ele interveio e disse às mulheres para pararem o que estavam fazendo, e Shompa foi solta. Mas ser perseguida não fez Shompa parar de falar às pessoas sobre Jesus. No entanto, isso afetou também suas filhas. “As crianças não querem brincar com elas. Um dia, enquanto iam para a escola no transporte local com outras crianças, algumas delas, não cristãs, empurraram minhas filhas para fora e disseram: ‘Vocês não podem ir conosco porque são cristãs’. Então minhas filhas tiveram que ir a pé sozinhas até a escola”, afirma.
Uma igreja indesejada
Mesmo assim, Shompa comprou um terreno onde construiu uma casa e uma igreja. Mas os vizinhos não gostaram de ouvir as músicas de adoração e pregações. Então, tentaram expulsá-los. Certo dia, o muçulmano que vendeu o terreno para ela e um grupo que estava com ele agrediram Shompa e sua filha de 11 anos. “Ele agrediu cruelmente minha filha, apertando a garganta dela, que ficou muito machucada. Ela vomitou várias vezes. Eles me bateram na frente de muitas pessoas, mas ninguém os impediu. Também quebraram minha única latrina e poço, usados por minha família e membros da igreja”, explica.
O marido dela também é perseguido. “As pessoas não o contratavam ou pagavam um valor menor por causa de sua fé. As pessoas eram agressivas com ele e o insultavam. Ele apenas ignorava porque precisava do trabalho”, compartilha. Então ele mudou de profissão, comprando um carro pequeno que usa como táxi. Atualmente, trabalha em lugares onde ninguém sabe sobre ele ou sua fé.
Mas nada disso detém Shompa da missão de expandir o Reino de Deus. “Mulheres estão crescendo espiritualmente e ficando mais ativas na igreja. Eu quero que elas liderem na igreja”, disse. Ela compartilha ativamente o evangelho e convida pessoas para descobrirem sobre a bondade e o amor do Senhor. O casal levou mais de 140 pessoas de diferentes contextos a Jesus. Em meio a pressão, isolamento social, discriminação e estresse mental, ela continua falando às pessoas sobre Jesus. A perseguição pode não parar e a vida ser difícil, mas nada fará Shompa desistir de seu chamado de servir a Cristo.
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