“Se você não abandonar essa religião estrangeira, não terá mais lugar nesta aldeia.” “Você não faz mais parte desta família!” Essas palavras dolorosas não foram ditas por inimigos, mas por entes queridos e líderes locais de cristãos recém-convertidos no Noroeste do Vietnã. Os seguidores de Jesus perseguidos são parte do grupo étnico dao e entendem na pele que seguir a Jesus muitas vezes significa perder tudo: lar, família, sustento e comunidade.
A decisão que mudou tudo
Minh* e sua esposa, ambos com aproximadamente 40 anos, vivem em uma aldeia remota da comunidade dao com seus três filhos. Como muitos em sua comunidade, eles seguiam o culto aos ancestrais. Mas quando um amigo próximo compartilhou como Jesus transformou sua vida, Minh e sua família decidiram seguir a Cristo.
Essa decisão mudou tudo. A paz encheu seu lar. A alegria cresceu entre eles. Seus filhos tornaram-se mais obedientes, e os relacionamentos familiares floresceram. Mas a fé teve um preço.
Quando Minh e sua família se recusaram a participar de um ritual tradicional dao, o chefe da aldeia e os anciãos convocaram Minh e o pressionaram a renunciar à sua fé. Eles ameaçaram: “Se você não abandonar essa religião estrangeira, não terá mais lugar nesta aldeia!”.
Dias depois, a família de Minh acordou com destruição. A porta da frente estava arrebentada, parte do telhado arrancada. Sua horta, milharal e arrozais foram arrasados. Eles clamaram a Deus, sem saber quem havia feito aquilo, mas cientes do motivo.
Logo depois, as autoridades locais ordenaram que deixassem a aldeia. Não puderam levar seus pertences. Não tinham para onde ir. Mas Deus abriu um caminho.
Um grupo cristão próximo interveio. Trouxeram alimentos, itens de necessidade básica e ajudaram a família a construir uma casa de bambu temporária. A fé de Minh não vacilou. Com força tranquila, ele declarou: “Sabemos que Deus é real. Mesmo tendo perdido nosso lar e comunidade, continuamos a segui-lo”.
Trang expulsa pelo próprio filho
Trang*, com aproximadamente 60 anos, também escolheu seguir a Jesus. Ela vivia com seu filho Huy* em uma aldeia remota. Após sua conversão, ela parou de participar das atividades de culto aos ancestrais, e Huy percebeu. Furioso, ele a acusou de desonrar os antepassados. Como único provedor da família, Huy tinha poder em casa e o usou contra a própria mãe.
No início de março de 2025, ele a expulsou. Não permitiu que levasse nenhum pertence. “Você não faz mais parte desta família”, disse ele, empurrando-a para fora de casa.
Trang não teve escolha. Caminhou por horas pela floresta, sem saber para onde ir. Mas Deus já havia preparado um lugar. Em uma aldeia próxima, uma família cristã a acolheu. Embora fossem estranhos, cuidaram dela como se fosse da família. Até construíram uma casa simples de bambu para ela.
Hoje, Trang continua a adorar com outros cristãos. Seu coração está machucado, mas não quebrado. “Perdi meu lar, mas encontrei paz e esperança em Cristo”, diz ela.
*Nomes alterados por segurança.
Faltam três dias para o DIP 2025
Assim como Minh e Trang foram acolhidos e encorajados em meio à perseguição, seja um instrumento de Deus na vida dos cristãos perseguidos pela oração. Cadastre-se e junte-se às mais de 16 mil igrejas que no dia 15 de junho vão unir suas vozes em oração por nossos irmãos na fé deslocados por causa da violência no Domingo da Igreja Perseguida 2025.