No dia 19 de fevereiro, mais de dois mil cristãos foram às ruas na capital da Índia representando mais de 70 denominações. Na mobilização, pediram que governo, tribunal e sociedade civil ajam para impedir o aumento no número de ataques a cristãos, principalmente em estados que nos últimos anos aprovaram as chamadas leis anticonversão. Essas leis proibem qualquer tentativa de forçar alguém a se converter a outra religião, tirando o hinduísmo, e têm sido são usadas por seus apoiadores para resolver questões pessoais e promover a agenda nacionalista hindu.
No início de fevereiro, uma igreja evangélica em Madhya Pradesh foi incendiada. A polícia prendeu três homens que foram acusados de começar o fogo. Eles também “apagaram da parede uma frase louvando a Jesus e escreveram o nome do deus hindu Rama no lugar”, segundo relatado pela rede de notícias UCAN.
De acordo com pesquisas do United Christian Forum, um grupo de direitos humanos com base em Nova Deli, houve 598 casos relatados de violência contra cristãos em 2022. Pouco antes do Natal, centenas de cristãos tribais foram forçados a fugir de casa no estado de Chhattisgarh após serem atacados, supostamente por se converterem ao cristianismo.
Entretanto, em 6 de fevereiro, a Suprema Corte da Índia disse ao governo de Chhattisgarh e outros seis estados que providenciassem com urgência detalhes dos ataques aos cristãos e dessem um retorno sobre quais as medidas foram tomadas em resposta aos incidentes. A ordem veio após eles não apresentarem as informações requisitadas em resposta a uma ordem anterior do tribunal, em setembro de 2022. Eles têm três semanas para providenciarem as informações.