Nasser Navard Gol-Tapeh e Aida Najaflou, dois cristãos de origem muçulmana, e Joseph Shahbazian, um cristão de origem armênia foram convocados à 15ª Vara do Tribunal Revolucionário de Teerã, capital do Irã, em outubro deste ano. É a segunda audiência desde que os cristãos foram presos.
Nasser, Aida e Joseph foram detidos sob acusações de “reunião e conluio” e “propaganda contra a República Islâmica do Irã” por participarem de atividades cristãs, como orar, realizar batismos, participar da ceia, celebrar o Natal e estar com Bíblias, o “livro proibido” segundo a acusação. Essas expressões comuns de fé no Brasil são motivos de condenação no Irã, um dos dez países onde cristãos são mais perseguidos segundo a Lista Mundial da Perseguição 2025 da Portas Abertas.
Segundo a organização Middle East Concern, Aida, que foi presa em janeiro de 2025, enfrenta duas acusações adicionais de “atividade de propaganda contra a República Islâmica do Irã no espaço cibernético” e “propaganda a favor de grupos ou organizações contrários à República Islâmica do Irã”, com base em seu suposto apoio aos protestos “Mulher, Vida, Liberdade” nas redes sociais e críticas ao ex-líder do grupo extremista Hezbollah.
Joseph e Nasser já haviam cumprido longas penas de prisão relacionadas às suas atividades cristãs, mas foram “perdoados” e libertos em 2023 e 2022, respectivamente. No entanto, eles foram presos novamente em fevereiro deste ano por voltarem a praticar o cristianismo. Ambos foram detidos na Prisão de Evin. Mansour Borji, da organização Article 18, destaca que esse caso demonstra claramente como o Serviço de Inteligência busca apresentar novas acusações contra indivíduos que foram libertos contra a vontade do grupo especial tático.
Os três cristãos foram acusados em junho, juntamente com a esposa de Joseph, Lida, e outra mulher cujo nome não foi divulgado (ambas estão em liberdade temporária mediante fiança).
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Pedidos de oração pelo Irã
- Ore para que Deus continue fortalecendo e encorajando esses cristãos enquanto enfrentam a acusação. Ore por ousadia, sabedoria e paz.
- Ore para que o tribunal reconheça a injustiça de sua prisão e ordene sua libertação.
- Ore para que as autoridades iranianas deixem de considerar atividades cristãs, como reuniões de oração, como ações contra a segurança nacional que devem ser penalizadas.
