Cerca de 100 famílias cristãs em uma vila no litoral da Índia estão sofrendo boicotes após se recusarem a contribuir para a construção de um templo hindu. As famílias, que fazem parte da comunidade há décadas, estão proibidas de frequentar as áreas de pesca e têm dificuldades para comprar ou vender produtos, sendo obrigadas a viajar longas distâncias para conseguir trabalho ou acesso a recursos básicos.
A situação iniciou após um grupo de jovens participar de um encontro organizado por extremistas e voltar para o vilarejo espalhando ódio contra os cristãos, influenciado pelas ideologias dos radicais hindus.
Alguns dias depois, os líderes locais convocaram uma reunião e anunciaram planos para a construção de um templo para a deusa da vila, pedindo que todas as famílias contribuíssem financeiramente para a obra. Quando as famílias cristãs se recusaram, a comunidade respondeu com medidas de isolamento, colocando os seguidores de Jesus sob pressão social e econômica.
Os moradores foram proibidos de conversar com os cristãos, com multa de 5 mil rúpias (cerca de 56 dólares) para quem desobedecer a medida. Cristãos também não podem ser convidados para eventos, como casamentos e funerais.
Famílias perderam seu sustento
Outro fator importante é que a maioria das famílias locais obtém seu sustento com a pesca, por isso, a proibição do acesso às áreas de pescaria impacta diretamente grande parte dos cristãos. Moradores do vilarejo também não compram mais em lojas de cristãos e lojistas se recusam a vender qualquer coisa para os seguidores Jesus, forçando-os a viajar longas distâncias para conseguir trabalho e produtos de necessidade básica.
Uma viúva cristã com cinco filhos descreve sua situação: “Meu marido faleceu alguns meses atrás. Como eu precisava sustentar cinco crianças, minha mãe me ajudou com dinheiro para que eu começasse uma pequena loja. Pouco tempo depois, o boicote começou e os clientes se foram. Perdi minha loja”.
As famílias cristãs entraram em contato com as autoridades locais e a polícia, procurando por justiça. Os policiais conversaram com os líderes da comunidade, pedindo por uma solução, mas os líderes se recusaram a derrubar as medidas. Atualmente, o caso foi para os tribunais e aguarda julgamento.
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