A mídia internacional não tem noticiado mais sobre a guerra na Síria, que se estende desde 2011. Muitos acham que a guerra já acabou, mas isso não é verdade. Apesar de o governo ter liberado a maior parte do país do controle do Estado Islâmico (EI), ainda há regiões controladas por grupos extremistas. Explosões ainda são vistas e o arsenal do exército sírio também está em toda parte.
No início de agosto, publicamos sobre um carro-bomba que explodiu em frente a uma igreja na Síria, deixando 11 feridos. O incidente aconteceu em frente à Igreja Ortodoxa de Qamishli, no nordeste do país. Uma analista de perseguição da Portas Abertas nos dá mais explicações sobre o contexto de Qamishli e da Síria.
Ela esclarece que a cidade de Qamishli está situada próximo à fronteira com a Turquia e está, em grande parte, sob controle curdo. O bairro cristão, onde a Igreja Ortodoxa está localizada, pertence a uma pequena área da cidade que é controlada pelas forças do governo sírio. Ela também afirma que não se pode afirmar quem está por trás do ataque.
Alguns veículos de comunicação especulam que o Estado Islâmico seja responsável, visto que continuou atacando alvos civis na região mesmo depois de perder a última fortaleza na Síria, em março deste ano. No entanto, a analista observa que há outro cenário possível, já que é pouco estratégico para o EI atacar alvos cristãos em áreas sob controle curdo.
Um contato local explicou que é provável que, ao invés disso, forças curdas estejam tentando enfraquecer a presença do regime sírio nessas áreas e queiram enviar uma clara mensagem para os cristãos: “O governo sírio não pode proteger vocês; unam-se a nós e nós vamos protegê-los”. Seja qual for a fonte do ataque de julho, os cristãos de Qamishli temem por sua segurança e, por isso, contam com nossas orações. Clame pelo fim da guerra e para que nossos irmãos possam viver em segurança e expressar a fé livremente.
Fonte: Portas Abertas.