Uma equipe de pesquisadores de Israel e da Suécia realizaram análises de DNA das peles de animais com as quais os pergaminhos dos famosos manuscritos do mar Morto foram confeccionados.
Os pergaminhos, também conhecidos como Rolos de Qumran, são considerados as cópias mais antigas da Bíblia.
Os testes permitiram “unir” diferentes fragmentos da obra e “resolver um quebra-cabeças com um número desconhecido de peças perdidas”, segundo estudo publicado na revista Cell.
Segundo os pesquisadores, a descoberta dos manuscritos do mar Morto, de dois mil anos, “teve um impacto incomparável na compreensão histórica do judaísmo e do cristianismo”.
Os resultados das análises do material revelaram que a maioria dos fragmentos estudados dos rolos feitos de pele de ovelha, exceto dos que são de pele de vaca, permitiu concluir que alguns pergaminhos foram levados às cavernas de Qumran de outros lugares.
Isso demonstra que diferentes cópias do Livro de Jeremias, um dos rolos bíblicos mais antigos, circularam por toda Israel.
“Nossa pesquisa nos permitiu esclarecer muitos mistérios antigos, basicamente ao permitir que a materialidade dos pergaminhos falasse por si só, e surpreendentemente tem muito o que dizer”, afirmou ao The Times of Israel o professor de estudos bíblicos da Universidade de Tel Aviv, Noam Mizrahi.
“É surpreendente que pudemos recuperar DNA suficiente destes fragmentos de 2.000 anos de alguns antigos animais”, ressaltou o professor Oded Rechavi.