A febre de Lassa resultou na morte de 156 pessoas ao longo de 17 semanas na Nigéria, informou nesta sexta-feira (10) o Centro de Controle de Doenças da Nigéria (NCDC).
A febre de Lassa é uma doença viral hemorrágica aguda da família de arenavírus. Os humanos frequentemente são infectados pelo vírus por meio do contato com alimentos ou objetos domésticos contaminados com a urina ou fezes de ratos Mastomys doentes.
A doença é endêmica em Benin, Gana, Guiné, Libéria, Mali, Serra Leoa, Togo e Nigéria, embora também possa existir em outras nações da África Ocidental.
O NCDC afirmou ainda que o surto de febre de Lassa se espalhou para 28 estados, incluindo a capital Abuja, de 1º de janeiro a 28 de abril. Os estados de Ondo, Edo e Bauchi foram os mais afetados, respondendo por 63% dos casos.
De acordo com a declaração, um total de 857 casos confirmados foram registrados durante esse período. A taxa de mortalidade é de 18,2%.
O número de casos e mortes vêm aumentando ao longo dos anos. No ano passado, a Nigéria também experimentou um “grande surto” de febre de Lassa, de acordo com a Organização Mundial da Saúde. O país documentou um total de 1.170 casos da doença, que resultaram na perda de 219 vidas.
Em 2018, o surto matou 110 pessoas. A doença surgiu pela primeira vez na Nigéria em 1969, no estado nordestino de Borno.
Apesar de a febre de Lassa ser considerar endêmica, ou seja, não ultrapassar as fronteiras da África, a OMS designou seu patógeno e outros vírus da referida família como representando nível alto de perigo pandêmico. Foi provado que eles se propagam entre as pessoas, enquanto sua letalidade pode atingir 50% em caso de doença grave.