A Portas Abertas contou como o Dia Internacional da Mulher é celebrado na Ásia Central e como as mulheres cristãs são importantes para as igrejas na região. Logo, o treinamento pós-trauma é essencial para que as líderes das igrejas sejam curadas, fortalecidas e preparadas para apoiar outras cristãs perseguidas.
Zaida* cresceu em uma família muçulmana e, mesmo cercada pelo marido e pelos filhos, se sentia solitária. Até que participou de uma reunião dirigida por missionários e encontrou um Deus amoroso. “Descobri que Deus perdoou todos os meus pecados e me deu a salvação porque me ama. Agora, sou uma pessoa feliz, não importa o que aconteça. Eu realmente amo a palavra de Deus”, afirma.
Perseguição fora e dentro de casa
No entanto, Zaida passou a enfrentar perseguição dentro e fora de casa. Mas tudo piorou quando seu marido faleceu e seus filhos foram maltratados por causa dela. “Ele [filho] me ameaça, dizendo que quando eu morrer, ele não vai me enterrar, mas apenas abandonar meu corpo. E nenhum parente ou vizinho irá julgá-lo porque sou uma traidora da minha fé”, revela Zaida.
Mas quando o filho de Zaida descobriu que ela frequentava um seminário cristão, agressões verbais se tornaram físicas. “Fiquei magoada com os socos, mas ainda mais pelo fato do meu próprio filho, que dei à luz e criei, estar me atacando pela minha fé sincera”, lamenta.
Apesar da decepção com os filhos, a cristã não renuncia a seu relacionamento com Cristo. “Não posso viver sem Jesus. Não posso negá-lo, mesmo que signifique ser perseguida. Deus me dá o conforto e o desejo de orar ainda mais por meus familiares e minha comunidade, que ainda não conhecem Jesus. Acredito firmemente que o Senhor dará a salvação aos meus filhos e netos”, conclui Zaida.
Amor e respeito entre irmãos na fé
Aos 16 anos, Guliya* também foi impactada pelo amor de Deus por meio do respeito e do cuidado que havia entre os cristãos, mesmo não sendo membros da mesma família. Quando contou sobre a nova fé, ela foi reprovada e agredida pelo pai. Além disso, foi proibida de ter contato com outros cristãos.
“Eles me colocaram em prisão domiciliar e nem me deixaram ir à escola. Papai pegou minha Bíblia e meu telefone e eu não consegui falar com ninguém”, testemunha. Guliya voltou para a escola, mas ela era levada pelos pais e irmão, para que não tivesse chance de encontrar outro cristão.
Um ano depois, a cristã foi forçada a se casar com um muçulmano, na esperança que retornasse ao islã. Mas Guliya se manteve firme, apesar do marido proibi-la de contatar outros cristãos. “Isso me chateia, mas acredito que meu marido e nossos pais conhecerão Jesus e serão salvos. Oro por eles”, finaliza a cristã.
*Nomes alterados por segurança.
Ajude a preparar mulheres cristãs
Mulheres cristãos que vivem em países de maioria islâmica precisam descobrir o amor de Deus e seu papel na igreja e na sociedade. Faça uma doação e ajude a capacitar mulheres cristãs por meio de treinamento online.