A rainha Elizabeth II gravou uma mensagem dirigida à nação que será transmitida na noite deste domingo (5) na qual pede aos britânicos que superem o tempo de “dor” e “enormes mudanças” que a nova pandemia de coronavírus trouxe.
Em um fragmento de seu discurso adiantado pelo Palácio de Buckingham, a soberana britânica de 93 anos admite que a doença está causando sofrimento entre os cidadãos pela perda de vidas, bem como “dificuldades financeiras para muitas e enormes mudanças diárias na vida de todos”.
“Espero que nos próximos anos todos se orgulhem de como responderam a esse desafio”, diz a chefe de Estado em um discurso que gravou no Castelo de Windsor.
“Aqueles que vierem depois de nós dirão que os britânicos desta geração eram tão fortes quanto todos os demais. Os atributos de autodisciplina, determinação tranquila e bem-humorada, além de companheirismo, ainda caracterizam este país”, acrescentou a monarca.
O discurso está previsto para ir ao ar às 20h de Londres (16h, no horário de Brasília).
O Reino Unido tem, até o momento, 4,3 mil mortos e quase 42 mil infectados pelo coronavírus.
Poucos discursos públicos
A soberana reservou nas últimas décadas esse tipo de intervenção para momentos de gravidade especial.
A última vez foi em 2002, após a morte da rainha-mãe, quando vestida de preto, agradeceu ao país o “amor e honra” mostrados.
Em 1997, antes do funeral da princesa Diana, a monarca lembrava a esposa de seu filho Charles como “um ser humano excepcional e maravilhoso” que “nos tempos bons e ruins nunca perdia a capacidade de sorrir”.
O primeiro discurso da rainha à nação nesse formato foi em 1991, durante a Guerra do Golfo, quando ela pediu aos britânicos que rezassem pelo sucesso das Forças Armadas “ao menor custo possível na vida humana e no sofrimento possível”.
Fonte: G1.