O presidente da China congratulou em uma carta a unidade 77656, estando perto de cinco quilômetros acima do nível do mar e passando por temperaturas extremamente baixas, perto da fronteira com a Índia.
Xi Jinping, presidente da China, louvou uma unidade do Exército de Libertação Popular (ELP) do país em uma carta publicada na segunda-feira (13), cita o jornal South China Morning Post.
“Sua missão é extenuante e suas responsabilidades são pesadas. Espero que nossos camaradas continuem com o senso de missão, levem adiante suas belas tradições, aprimorem o treinamento militar e estejam prontos para o combate”, escreveu Xi sobre a unidade 77656.
A unidade militar está localizada em Tibete, em uma região fronteiriça contestada pela Índia. A unidade 77656 foi chamada de “batalhão de platô modelo” em 2016 por seu “excelente desempenho na salvaguarda das fronteiras”.
O líder chinês também exortou os militares a “cumprir fielmente seus deveres na defesa do país e da fronteira, e esforçar-se para fazer novas conquistas para o partido e para o povo”.
A emissora estatal CCTV também descreveu como “heroicas” o desempenho das tropas no Tibete, com duras condições que incluem uma altura de 4.800 metros, temperaturas abaixo de -40 ºC, e vento extremamente rápido durante a maior parte do ano.
A unidade 77656 está localizada no condado de Gangba da cidade de Shigatse, perto de Arunachal Pradesh, uma região controlada por Nova Deli, que a considera um estado indiano, mas que é reivindicada por Pequim como o sul do Tibete. No final de agosto a unidade juntou-se a outras dez unidades de combate para um exercício operacional em um pico do Himalaia, visto pelos observadores militares como um aviso para a Índia.
Os dois países asiáticos têm contestado as áreas fronteiriças no Himalaia desde que a República da Índia e a República Popular da China se formaram na década de 1940, com vários confrontos ocorrendo ao longo das décadas, incluindo uma guerra em 1961, apesar da criação da Linha de Controle Real após esse conflito.
O mais recente conflito ocorreu em junho de 2020, com mortes dos dois lados. Apesar dos armistícios negociados desde então, tanto Nova Deli como Pequim têm continuado o destacamento de forças militares à região.