A China anunciou nesta sexta-feira (5) que interrompeu a cooperação com os Estados Unidos em diversas áreas, incluindo o diálogo entre comandantes militares de alto nível.
A medida é a primeira retaliação direta aos Estados Unidos por conta da visita nesta semana da presidente da Câmara dos Deputados dos EUA, Nancy Pelosi, a Taiwan. A viagem enfureceu Pequim, que considera a ilha parte de seu território e viu a presença de Pelosi como uma provocação de Washington.
O Ministério das Relações Exteriores da China também disse em um comunicado que está interrompendo as conversações climáticas com os Estados Unidos, assim como a cooperação na prevenção do crimes internacionais e no repatriamento de imigrantes ilegais, além de outras oito medidas específicas.
Também nesta sexta-feira, o governo dos Estados Unidos convocou o embaixador da China em Washington para apresentar formalmente um protesto contra as invasões de aviões e navios chineses ao espaço aéreo de Taiwan, em exercícios realizados desde quinta-feira (4).
O secretário nacional de Segurança norte-americano, John Kirby, chamou as invasões de “irresponsáveis” e disse que os atos comprometem a paz e a estabilidade na região.
Sanções a Taiwan
Já nas relações com Taiwan, a China realizou nesta sexta-feira o segundo dia de exercícios militares com aviões e navios de guerra que invadiram o espaço aéreo da ilha.
Segundo o Ministério da Defesa de Taiwan, cerca de 68 aeronaves de guerra e navios chineses cruzaram dezenas de vezes o Estreito de Taiwan, que delimita a fronteira entre a ilha e a China.
Fonte: Reuters.