O embaixador russo nos Estados Unidos, Anatoly Antonov, disse nesta terça-feira (24), após relatos sobre o fornecimento de tanques Abrams à Ucrânia por Washington, que a entrega se tornará outra “provocação flagrante” contra a Rússia e advertiu que militares destruiriam o equipamento.
A mídia dos EUA informou que o presidente dos EUA, Joe Biden, deve anunciar a entrega de 30 a 50 tanques Abrams para a Ucrânia na quarta-feira (25).
“Se for tomada a decisão de transferir para Kiev os M1 Abrams, esses tanques americanos sem dúvida serão destruídos como todas as outras amostras de equipamento militar da OTAN [Organização do Tratado do Atlântico Norte]… Se os Estados Unidos decidirem fornecer tanques, será impossível justificar tal passo usando argumentos sobre ‘armas defensivas’. Esta seria outra provocação descarada contra a Federação da Rússia. Ninguém deve ter ilusões sobre quem é o verdadeiro agressor no conflito atual”, disse Antonov.
O embaixador acrescentou que os EUA “estão deliberadamente tentando infligir uma derrota estratégica” à Rússia e “dão ‘luz verde’ ao uso da assistência americana para ataques à Crimeia”.
Antonov disse que “um número crescente de funcionários e especialistas na América admitem: é tudo sobre a ‘guerra por procuração’ dos EUA com nosso país”, acrescentando que “os americanos estão constantemente elevando a ‘barra’ de assistência militar ao seu governo fantoche, “o que fica especialmente claro quando os militares russos “obtêm novas vitórias e libertam com confiança o território da Rússia da ameaça nazista”.
Os países ocidentais aumentaram seu apoio militar à Ucrânia depois que a Rússia lançou uma operação militar especial no país vizinho em 24 de fevereiro de 2022, respondendo a pedidos de ajuda das repúblicas populares de Donetsk e Lugansk (RPD e RPL).
Em abril, Moscou enviou uma nota aos Estados membros da OTAN condenando sua assistência militar a Kiev.
O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, alertou que qualquer carregamento de armas em território ucraniano seria “alvo legítimo” para as forças russas.