Gilad Erdan, embaixador de Israel na Organização das Nações Unidas, relatou ao Conselho de Segurança importantes capacidades de míssil iraniano “em desenvolvimento”.
O míssil balístico em causa, situado no lançador de satélites de Zuljanah, poderia voar até cinco mil quilômetros de distância com uma tonelada de ogivas, sendo capaz de atingir qualquer nação dentro do continente europeu, de acordo com a carta enviada por Erdan ao Conselho de Segurança, conta o site Israel Defense.
Com tais capacidades, especialmente devido ao seu alcance, esta poderia ser a armas mais poderosa do arsenal da República Islâmica.
Na sua carta, o embaixador israelense apontou que “esta atividade lança mais dúvidas sobre se o programa espacial do Irã é, de fato, para fins pacíficos, como afirma seu governo. Estes últimos avanços tecnológicos apontam, mais uma vez, a estreita ligação entre os programas espacial e militar do Irã, que trabalham em conjunto para melhorar sua capacidade de desenvolver ogivas nucleares”, citado pela mídia.
Conforme suas preocupações, seria talvez esperado que a existência de tal arma pudesse dificultar as conversações no âmbito do Plano de Ação Conjunto Global (JCPOA, na sigla em inglês). Porém, talvez parte da solução para essa questão resida nos mísseis iranianos.
Um ex-diplomata americano teria dito na segunda-feira (26) que a nação persa poderia considerar desistir de seus avançados sistemas de mísseis, atualmente em desenvolvimento, em troca de um acordo nuclear com os EUA mais vasto, incluindo a possibilidade de suspensão de sanções, segundo o The National.
O avanço tecnológico na área militar do Irã está preocupando vários círculos de especialistas em segurança, que cogitam a possibilidade de Teerã vir a ser capaz de combinar seu alegado programa de armas nucleares – várias vezes negado pelo Irã – com seus foguetes de combustível sólido, de modo a criar um míssil balístico intercontinental, idêntico aos desenvolvidos pela Coreia do Norte.
Na opinião de Mark Fitzpatrick, diretor do programa de não proliferação e política nuclear do Instituto Internacional de Estudos Estratégicos, poderiam existir alguns sistemas que a República Islâmica pudesse considerar negociar, bem como talvez aceitar uma distância de dois mil quilômetros como limite do alcance de seus mísseis, informa The National.
Contudo, caso as negociações não tenham um resultado positivo, especialistas e entidades políticas temem que a proliferação de mísseis do Irã poderia contribuir para uma maior instabilidade no Oriente Médio.