Os países ocidentais com os Estados Unidos no comando, que decidiram abastecer Kiev com munição de urânio empobrecido, levam irreversivelmente o mundo a uma linha perigosa, que cada vez mais assola o Armagedom nuclear, alertou o embaixador da Rússia em Washington, Anatoly Antonov.
“Parece que o Ocidente ‘iluminado’, liderado por Washington, decidiu irrevogavelmente levar a humanidade a uma linha perigosa, que está cada vez mais iminente no Armagedom nuclear”, cita Antonov a missão diplomática.
Assim o embaixador russo comentou as declarações feitas pela administração da Casa Branca de que a munição de urânio empobrecido é um tipo convencional de arma que está em uso há várias décadas e não representa uma ameaça crescente.
“Comentar esses tipos de declarações é francamente difícil. As autoridades americanas quebraram outro fundo com suas declarações irresponsáveis. Há um fluxo contínuo de armas letais na Ucrânia, com as quais são destruídos civis, áreas residenciais, escolas, hospitais e jardins de infância”, enfatizou Antonov.
No entanto, o embaixador observou que as consequências negativas de tais munições são “repetidamente confirmadas por jornalistas ocidentais”. O uso de tais munições precipita a poeira radioativa, que é extremamente tóxica, pode ser desativada e pode causar câncer.
“Os americanos sabem bem disso, porque já usaram essas armas no Iraque e na Iugoslávia. As vítimas sofriam doenças mortais, e seus filhos nasceram com defeitos congênitos”, relembrou o chefe da missão diplomática russa.
A vice-ministra da Defesa britânica, Annabel Goldie, na terça-feira (21), anunciou que o Reino Unido vai fornecer à Ucrânia munições contendo urânio empobrecido. Por sua vez, o chanceler russo, Sergei Lavrov, disse que a decisão britânica “prejudica a estabilidade no mundo”.
O presidente russo, Vladimir Putin, falando sobre essa iniciativa, alertou que Moscou seria forçada a reagir se o Ocidente coletivo começasse a usar armas com um componente nuclear, e que o Ocidente “decidiu lutar contra a Rússia até o último ucraniano não em palavras, mas em ações”.