Pequim está recrutando os melhores especialistas para a equipe de defesa planetária. O motivo é o grande asteroide 2024 YR4, que pode colidir com a Terra em 2032. Qual é o tamanho do perigo e como vão o repelir? A Sputnik explica.
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O objeto espacial 2024 YR4 foi encontrado por um telescópio no Chile às vésperas do Ano Novo.
Um programa calculou a trajetória e deu o alarme: uma colisão com nosso planeta pode ocorrer em 22 de dezembro de 2032.
A probabilidade de impacto atualmente é de 2,3%, o que torna o asteroide 2024 YR4 o corpo celeste mais perigoso para a Terra no momento.
Tendo entre 40 e 90 metros de diâmetro, o asteroide não causaria uma catástrofe global (para comparação: o asteroide que matou os dinossauros tinha cerca de dez quilômetros de diâmetro).
No entanto, o novo visitante do espaço é capaz de varrer uma grande cidade da face da Terra.
Evento de Tunguska 2.0
“Um impacto em um deserto esparso ou no meio do oceano, mesmo na extremidade maior da faixa de tamanho do asteroide (90m/300 pés), seria inofensivo. Um impacto direto em uma cidade seria como uma bomba nuclear atingindo-a“, disse o jornalista científico Robin George Andrews.
Segundo ele, se o asteroide tiver 40 metros de diâmetro, ele não vai atingir a Terra, mas explodir no ar e vai causar uma onda de choque devastadora.
Enquanto um asteroide de 90 metros pode deixar uma enorme cratera e matar toda a vida em um raio de vários quilômetros.
Esse asteroide é comparado ao fenômeno de Tunguska. Como resultado da explosão sobre a taiga siberiana em 1908, árvores caíram em uma área enorme, incêndios florestais e vidros de janelas foram quebrados a centenas de quilômetros do epicentro.
Milhões de pessoas em risco
Já foi determinado quais territórios estão em risco.
A zona de provável impacto de asteroide se estende do México até a Índia, passando pela África e pelo extremo sul da península Arábica.
Nessa linha condicional estão cidades importantes como Bogotá, Lagos e Mumbai.
A China já começou o recrutamento para uma equipe de defesa planetária, inclusive especialistas em monitoramento de asteroides e métodos de alerta antecipado, informou o jornal South China Morning Post.
Pequim planeja enviar uma espaçonave não tripulada ao perigoso corpo celeste para colidir com ele e, assim, tirá-lo de órbita.
Se assim for, a próxima missão vai replicar conceitualmente a operação DART, a primeira e atualmente a última vez que a humanidade mudou “manualmente” a direção de um grande objeto espacial.