O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, está permitindo que terroristas importantes do Hamas planejem ataques contra Israel a partir de Istambul, de acordo com um relatório do The Telegraph.
Transcrições escritas de interrogatórios da polícia israelense com os suspeitos de terrorismo do grupo revelam que os principais agentes do Hamas estão usando a maior cidade da Turquia para dirigir suas operações em Jerusalém, bem como na Judéia e Samaria. Isso inclui uma tentativa de assassinato contra o prefeito de Jerusalém, Moshe Leon, no início deste ano.
Israel informou repetidamente a Turquia de que o Hamas está utilizando seu território para planejar ataques. No entanto, no final de semana passado, Erdogan se encontrou com o líder do grupo, Ismail Haniyeh, bem como com oficiais de inteligência turcos que mantêm contato próximo com agentes terroristas do Hamas em Istambul. “Continuaremos apoiando nossos irmãos na Palestina”, disse Erdogan em comunicado.
Aliados ocidentais já estão levantando as sobrancelhas com o apoio de Ancara aos rebeldes jihadistas no norte da Síria, bem como sua lealdade à Otan depois de comprar um sistema de mísseis russo.
Em 2015, Ancara concordou em um acordo mediado pelos EUA com Israel para impedir o Hamas de planejar ataques a partir de seu território. No entanto, Erdogan falhou consistentemente em honrar o acordo, segundo autoridades israelenses. Embora os dois países mantenham relações diplomáticas, as tensões entre Israel e a Turquia pioraram após o ataque a Mavi Marmara em 2010.
Quando isso aconteceu, um barco civil turco cheio de apoiadores do Hamas tentou violar as águas territoriais israelenses. O ataque resultou na morte de nove “ativistas” armados, enquanto 10 soldados israelenses ficaram feridos. Cada lado culpou o outro pelas mortes, no entanto Israel acabou se desculpando e concordou em compensar as famílias da vítima turca após a forte pressão exercida pelo presidente Obama.
Na semana passada, o Breaking Israel News noticiou que Erdogan acusou Israel de executar crianças e idosos ‘palestinos’ nas ruas. Também no início deste mês, o principal conselheiro de Erdogan pediu um “Exército Islâmico para a Palestina” e ameaçou bombardear Israel.