Após uma breve pausa, ataques aéreos israelenses voltaram a atingir a Faixa de Gaza nesta quarta-feira (13), segundo dia da escalada de violência, que já é considerada a mais intensa dos últimos meses. O número de palestinos mortos subiu para 18, de acordo com a agência Associated Press. Há relatos de pelo menos 50 palestinos feridos.
Mais de 200 foguetes de Gaza já foram lançados em direção ao território israelense sem deixar mortos desde a madrugada de terça-feira (12), quando um ataque do exército de Israel matou o líder militar do grupo palestino Jihad Islâmica, Baha Abu al Ata.
O ataque o atingiu enquanto dormia na casa onde morava no distrito de Shejayia, a leste de Gaza, e também matou a sua mulher.
Os ataques aéreos israelenses eliminaram pelo menos três equipes de lançamento de foguetes, disse um porta-voz militar.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, exigiu que a Jihad Islâmica interrompa os ataques de foguetes contra Israel ou ameaça dar prosseguimento aos bombardeios contra Gaza.
“Eles têm uma opção: interromper os ataques ou absorver mais e mais bombardeios. A escolha é deles”, afirmou o primeiro-ministro em uma reunião de gabinete.
Apesar de tentativas de diplomatas para restaurar a calma, uma autoridade da Jihad Islâmica disse à Reuters que seu grupo informou a mediadores que pretende continuar com seus ataques retaliatórios.
Porém, não surgiram sinais de que o Hamas, grupo islâmico muito maior que controla Gaza, está inclinado a entrar na disputa.
Mais intensa dos últimos meses
De acordo com o jornal “Haaretz”, 90 % dos foguetes disparados a partir de Gaza foram interceptados pelo escudo antimísseis.
Os bombardeios têm alterado a rotina no território israelense. De acordo com o governo, mais de um milhão de civis estão em abrigos antiaéreos e as escolas estão fechadas nas comunidades perto da fronteira com Gaza.
O Ministério das Relações Exteriores do Estado de Israel afirmou que a ação contra Baha Abu Al-Ata “foi uma ação antiterrorista defensiva contra uma bomba-relógio”.
“Al Ata foi o principal instigador e coordenador de inúmeros ataques terroristas realizados pela Jihad Islâmica Palestina e planejava mais ataques contra Israel em um futuro próximo. Sua morte salvou muitas vidas”, declarou.
O governo israelense afirma que a Jihad Islâmica Palestina é financiada pelo Irã.
Fonte: G1.