O Dr. Alfonso Cabello, chefe adjunto do Serviço de Medicina Interna e especialista da Seção de Doenças Infecciosas do Hospital Universitário Fundación Jiménez Díaz, de Madri, advertiu que três infecções estão “completamente fora de controle” na Espanha, como comentou durante um curso de atualização sobre doenças sexualmente transmissíveis organizado pela referida instituição, informou a mídia local nesta segunda-feira.
O especialista indicou que a sífilis, a infecção gonocócica e a clamídia, entre outras, têm apresentado “um aumento constante” nos últimos 10 anos no país ibérico, que registou em 2021 uma das taxas mais elevadas de toda a Europa.
Nesse sentido, ele argumentou que “as DSTs [infecções sexualmente transmissíveis] poderiam ser classificadas como outra epidemia que está longe de ser controlada”.
Por outro lado, Cabello destacou que, no caso de outras infecções, como a gerada pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV), houve “um achatamento da curva” e “uma ligeira queda” nos grupos mais elevados risco. No entanto, ele especificou que ainda está longe de um controle efetivo.
O médico explicou que, tanto na Europa quanto nos Estados Unidos, os dados mostram taxas mais altas de algumas dessas infecções em homens que fazem sexo com outros homens e em mulheres transexuais. Ele também explicou que, no caso de infecção assintomática por clamídia, a taxa é “significativamente maior” em mulheres jovens.
Cabello lamentou que a pandemia de covid-19 “não tenha ajudado” a facilitar a informação e que o diagnóstico de quem quer saber se tem uma IST tenha sido dificultado nos centros de saúde devido às restrições de acesso.
Atualmente, o Instituto de Pesquisa em Saúde da Fundação Jiménez Díaz (IIS-FJD) está trabalhando em ensaios clínicos com o objetivo de encontrar uma vacina contra o HIV e desenvolver novos anti-retrovirais, bem como avaliar a vacina do HPV contra a displasia anal, entre outros projetos.