Os riscos que cristãs e refugiadas norte-coreanas na China enfrentam para estudar a Bíblia são grandes. Um deles é a chance de serem denunciadas por alguém do próprio grupo e isso já aconteceu uma vez com a líder cristã Rebecca (pseudônimo).
Havia uma espiã no grupo em que a cristã discipulava e o comportamento da norte-coreana era suspeito. “Eu acredito que ela foi enviada para monitorar nosso estudo bíblico secreto e avisar as autoridades”, revela Rebecca. Ao longo dos anos, outros colaboradores da Portas Abertas já foram capturados e presos a partir de denúncias de membros do grupo.
No entanto, o trabalho secreto de discipular mulheres da Coreia do Norte na China continua. “Não estou sozinha. Deus está comigo. Ele prepara um caminho para mim”, acredita a líder cristã. No início, as norte-coreanas que vão para o estudo bíblico desacreditam e até debocham do evangelho. Elas não conseguem acreditar que Jesus as ama e se importa com elas.
Apesar da desconfiança, as refugiadas ilegais arriscam suas vidas para ouvir mais sobre o amor de Deus. “Eu faria essa viagem todas as vezes, mesmo que apenas por uma. Até mesmo pela espiã”, confessa Rebecca, que também arrisca sua vida.
A espia não delatou o grupo de discipulado ao governo chinês. “Eu frequentemente sonho com a espiã. Por que ela não nos entregou? Ela era realmente uma espiã? Às vezes ela chorava e orava. Outras ela só observava. Eu me pergunto: ‘Como ela encontra a Deus hoje em dia?’”, reflete a líder cristã.
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