Durante pronunciamento realizado hoje (19), o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou que a guerra que seu país trava contra o grupo Hamas “será longa”.
“Esta é a guerra moderna contra os bárbaros, os piores do planeta. Será uma guerra longa”, afirmou Netanyahu ao lado do premiê britânico, Rishi Sunak, que faz visita a Israel nesta quinta-feira (19).
Segundo levantamento, o número de mortos no conflito já ultrapassa a marca de 5 mil: são 3.785 do lado palestino e 1.402 vítimas em Israel. O primeiro-ministro do Reino Unido foi a Tel Aviv para se encontrar com Netanyahu e o presidente de Israel, Isaac Herzog.
Ao desembarcar, Sunak sinalizou que estava no país para “expressar solidariedade ao povo israelense”.
“Vocês [Israel] sofreram um ato de terrorismo indescritível e horrível, e quero que saibam que o Reino Unido e eu estamos com vocês”. Entre os compromissos do premiê britânico está prevista uma discussão com Netanyahu sobre a abertura de um corredor para que a ajuda humanitária internacional chegue à Faixa de Gaza.
Biden em Tel Aviv
Durante visita a Tel Aviv, realizada ontem (18), o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou um pacote “sem precedentes” para a Defesa de Israel e um apoio financeiro de US$ 100 milhões (cerca de R$ 503,7 milhões) em ajuda humanitária a Gaza.
Em reunião com Benjamin Netanyahu, o chefe de Estado norte-americano reforçou seu apoio ao governo israelense e se mostrou favorável à versão de Israel sobre o ataque a um hospital na Faixa de Gaza que deixou quase 500 mortos, segundo o Ministério da Saúde palestino. Na ocasião, Biden afirmou que o ataque parecia “ter sido obra do outro lado”.
Protestos
Enquanto os Estados Unidos e o Reino Unido declaram apoio a Netanyahu, centenas de judeus que protestavam, ontem (18), pela paz em Gaza foram presos em Washington.
Os manifestantes da Jewish Voice for Peace (JVP), uma ONG judaica antissionista, foram presos por protestar no Capitólio dos Estados Unidos, contra o apoio que os EUA têm dado a Israel em seu bombardeio da Faixa de Gaza.
Segundo os organizadores do protesto, cerca de 500 pessoas, incluindo 20 rabinos, estavam detidas pela polícia dentro do Capitólio, sede do Legislativo estadunidense.
Já a mídia americana, citando as autoridades policiais, afirmaram às 20h30 (horário de Brasília) que pelo menos 300 pessoas haviam sido presas.
A polícia ressaltou que as detenções continuariam sendo feitas no átrio do edifício de escritórios da Câmara dos Representantes, junto ao Capitólio.