O grupo especial da ONU para investigação dos crimes do Estado Islâmico estabeleceu que os seus militantes testaram armas biológicas em prisioneiros no Iraque, informou o canal de televisão Al-Arabiya.
De acordo com o relatório do grupo de investigação, em posse do canal, os crimes dos militantes do Estado Islâmico contra os yazidis (comunidade étnico-religiosa curda que vive no norte do Iraque e em outras áreas limítrofes) equivalem a crimes militares e genocídio.
Além disso, o relatório afirma que o Estado Islâmico utilizou armas químicas contra cidadãos civis em 2014-2016.
A Resolução 2379 de criação de um grupo especial para investigação de crimes cometidos pelo Estado Islâmico foi aprovada pelo Conselho de Segurança da ONU em 21 de setembro de 2017, a fim de responsabilizar os terroristas “por crimes cometidos no Iraque, através de recolha e preservação de provas que possam corresponder a crimes militares, crimes contra a humanidade ou a genocídio.”
Adicionalmente, o grupo tem a tarefa de promover a responsabilização de culpados em todo o mundo por atrocidades cometidas pela organização terrorista.
No fim de 2017, Bagdá declarou vitória sobre o Estado Islâmico. No entanto, o Exército iraquiano, com ajuda de uma coalizão internacional e unidades de milícia, continua realizando operações de combate e de identificação de “células adormecidas” da organização em certas regiões.
Em novembro de 2020, o ministro das Relações Exteriores do Iraque, Fuad Hussein, confirmou que, nos últimos meses, o Estado Islâmico intensificou sua atividade no país, incluindo em determinadas áreas da província ocidental de Anbar, nas províncias de Kirkuk e Diyala e em algumas áreas da província de Nínive, no norte.