Washington continua defendendo a necessidade de evitar o conflito direto com Moscou, mas ao mesmo tempo faz tudo na Ucrânia para intensificar a tensão entre os dois países, escreve a analista da Defense Priorities, Bonnie Kristian, em um artigo para o The Hill.
“O apoio militar da Ucrânia por parte dos Estados Unidos parece mais ao conflito direto com a Rússia do que as declarações da administração norte-americana sugerem, e essa ambiguidade está colocando a segurança dos EUA em um lugar perigoso“, diz o artigo.
Na opinião da especialista, as declarações da Casa Branca sobre inadmissibilidade do confronto direto com a Rússia foram anuladas pelas entregas aos militares ucranianos de sistemas de foguetes HIMARS, potencialmente capazes de atingir alvos no território russo.
“Estes são os foguetes que os comentários anteriores de Biden foram pensados para descartar, e eles são poderosos o suficiente que atingir a Rússia, sendo inteiramente possível. A Ucrânia teria ‘assegurado’ a Casa Branca que isso não acontecerá, mas quem poderia se surpreender se acontecesse?”, constata a autora da matéria.
Desde 24 de fevereiro, a Rússia tem conduzido a operação especial para libertação de Donbass. Neste contexto, os EUA e seus aliados da OTAN continuam enviando à Ucrânia vários tipos de armas. Assim, o presidente Biden assinou recentemente a lei Lend-Lease, alocando à assistência militar para Kiev dezenas de bilhões de dólares.
Moscou insiste em constatar que as entregas de armas ao país vizinho apenas arrastam o conflito, enquanto quaisquer cargas com armamento serão um alvo legítimo para a aviação russa.