Os estoques mundiais de armas nucleares devem aumentar nos próximos anos, revertendo um declínio observado desde o fim da Guerra Fria, alertou nesta segunda-feira (13/06) o Instituto Internacional de Pesquisa para a Paz de Estocolmo (Sipri).
De acordo com mais recente relatório anual da entidade sueca, todos os nove países com armas nucleares estão aumentando ou atualizando seus arsenais.
“Há indicações claras de que as reduções que caracterizaram os arsenais nucleares globais desde o fim da Guerra Fria chegaram a um fim”, disse Hans M. Kristensen, pesquisador do Programa de Armas de Destruição em Massa do Sipri e diretor do Projeto de Informação Nuclear da Federação de Cientistas Americanos.
Atualização de arsenais
Os EUA e a Rússia, que detêm 90% das armas atômicas do mundo, reduziram seus estoques em 2021 devido ao desmantelamento de ogivas defasadas. Seus estoques militares utilizáveis permaneceram relativamente estáveis e dentro dos limites estabelecidos por um tratado de redução de armas nucleares, de acordo com o Sipri.
De acordo com o Sipri, programas extensos e caros estão em andamento em ambos os países para substituir e modernizar ogivas nucleares, sistemas de lançamento e instalações de produção.
O instituto disse que os outros países nucleares – Reino Unido, França, China, Índia, Paquistão, Israel e Coreia do Norte – estão desenvolvendo ou implantando novos sistemas de armas, ou anunciaram sua intenção de fazê-lo. Israel nunca reconheceu publicamente possuir tais armas nucleares.