Home IsraelEstudo revela que pandemia agravou antissemitismo na Europa

Estudo revela que pandemia agravou antissemitismo na Europa

por Últimos Acontecimentos
475 Visualizações

Um relatório da União Europeia (UE) divulgado nesta terça-feira (9) revelou que a pandemia de covid-19 “reacendeu” a retórica antissemita e abriu espaço para “novos mitos e teorias conspiratórias”, culpando a comunidade judaica de toda a Europa pela atual emergência sanitária.

“O antissemitismo aumentou durante a pandemia, especialmente na internet”, informou a Agência dos Direitos Fundamentais da União Europeia (FRA), no estudo realizado com base em estatísticas e dados de organizações civis.

O texto informa que o fenômeno está sendo acompanhado por toda a União Europeia e, “embora os bloqueios e medidas restritivas anti-covid possam ter levado a uma contenção fisiológica de episódios antissemitas em espaços públicos, a proliferação de conspirações online mostra como o número de incidentes registrados não é indicativo da situação”.

De acordo com o estudo, em muitos países, “a grande maioria dos incidentes não é relatada, nem à polícia nem a qualquer outra instituição”. Na verdade, as pesquisas realizadas mostram que os ataques contra os judeus são altamente subestimados e que o ódio na web, incluindo o antissemitismo, está firmemente enraizado nas sociedades europeias.

Na Alemanha, uma rede de associações observou que, nos primeiros meses da pandemia, 44% dos incidentes antissemitas registrados foram “associados ao coronavírus”. Além disso, em 2020, o país teve o maior número de crimes com motivação política e antissemita em toda a Europa (2.351).

Segundo o relatório, os dados podem significar que na Alemanha tem um sistema mais eficaz de detecção de casos do tipo, não necessariamente que o país seja o mais afetado. O mesmo se aplica à Itália, que com 101 episódios identificados pelo Observatório de segurança contra atos de discriminação (Oscad), com base em investigações conduzidas pela Polícia Estadual e pelos Carabineiros, ocupa o quarto lugar, depois da Alemanha, Holanda (517) e França (339). Dos casos denunciados pelo Oscad, 86 enquadram-se no crime de incitação à violência.

Pelo contrário, em alguns países, como a Grécia e a Hungria (dados não oficiais), o número de incidentes antissemitas diminuiu, mas o problema permanece o mesmo em toda a Europa, conforme a agência. O estudo alerta ainda que não apenas as vítimas e testemunhas devem ser encorajadas a relatar esses incidentes, mas as autoridades devem ter sistemas que permitam o registro e a comparação de tais casos.

“Os protagonistas políticos, tanto a nível da UE como dos Estados-membros devem partilhar este compromisso para que o antissemitismo seja combatido de forma eficaz”, conclui. Para o vice-presidente da Comissão Europeia, Margaritis Schinas, durante a pandemia de covid “a comunidade judaica foi uma das comunidades mais atacadas”.

“Nós os vimos ultrajantemente e falsamente acusados de criar o vírus, e as medidas de saúde pública foram comparadas a medidas que levaram ao extermínio da maioria dos judeus europeus, banalizando o Holocausto. Esta estratégia de luta é a nossa resposta”, afirmou Schinas.

A UE apresentou a sua primeira estratégia contra o antissemitismo em outubro, com o objetivo de combater o ódio na Internet, reforçar a proteção das sinagogas e promover a transmissão da história do Holocausto.

Em mensagem publicada no Twitter, o papa Francisco afirmou que a ameaça do antissemitismo, encontrada na Europa e também em outros lugares, “é um estopim que deve ser apagado”. “Empenhemo-nos em promover uma educação para a fraternidade, a fim de que não prevaleçam os surtos do ódio que a querem destruir”, escreveu o Pontífice.

Fonte: ANSA.

“…e grandes sinais do céu.” Lucas 21:11

10 de novembro de 2021.

Postagens Relacionadas

Deixe um comentário