Secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken disse ao diretor do escritório central de Relações Exteriores da China, Wang Yi, que Pequim pode enfrentar “consequências” se ajudar Moscou a fugir das sanções impostas contra a Rússia.
Em um encontro com Wang Yi durante a Conferência de Segurança de Munique, Blinken falou sobre o envolvimento da China com a Rússia em meio ao conflito na Ucrânia.
“O secretário alertou sobre as implicações e consequências caso a China forneça apoio material à Rússia ou assistência para a evasão de sanções sistêmicas”, disse o porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Ned Price, em comunicado após as negociações.
Embora não tenha apresentado provas, o governo de Joe Biden, presidente dos EUA, sugere que empresas chinesas venderam equipamentos não letais à Rússia para uso na Ucrânia.
Ao falar sobre as tensões nas relações entre Washington e Pequim, Blinken voltou afirmar, como tem feito em suas últimas declarações sobre o tema, que os EUA “não querem uma nova Guerra Fria“.
“O secretário reafirmou que não houve mudança na política de longa data EUA-China, e destacou a importância de manter a paz e a estabilidade no estreito de Taiwan”, disse Ned Price.
Segundo ele, Blinken reiterou as declarações feitas pelo presidente dos Estados Unidos sobre a intenção de Washington de “competir” e “defender sem remorso nossos valores e interesses”.
Ao mesmo tempo, Blinken “sublinhou a importância de manter o diálogo diplomático e as linhas de comunicação abertas em todos os momentos”, em alusão ao episódio envolvendo o abate do balão chinês pelas forças dos EUA.
Ainda comentando o incidente, o secretário de Estado afirmou que os EUA não tolerariam qualquer violação de sua soberania e que o incidente do balão de vigilância “nunca deve ocorrer novamente“.