As autoridades palestinas pode propor alterações às fronteiras do plano de paz proposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, mas os assentamentos israelenses na Cisjordânia vão permanecer no local, como destacou o conselheiro da Casa Branca, Jared Kushner, em entrevista ao jornalista Amr Adib no programa El Hekaya.
“O que os líderes palestinos devem fazer é participar [do plano de paz de Trump]. Se há coisas que eles querem mudar, se não gostam de onde traçamos as linhas, eles têm que vir e nos dizer onde querem traçar essas linhas”, disse ele. O consultor do presidente americano. Segundo Kushner, o plano do presidente servirá de base para futuras negociações entre Palestina e Israel.
No entanto, Kushner enfatizou que os assentamentos israelenses localizados na Cisjordânia permanecerão sob o controle de Israel. Um dos objetivos deste plano é “dar a Israel a terra que nunca deixará em nenhuma circunstância”, disse o consultor da Casa Branca. Além disso, ele observou que, se as autoridades palestinas não concordarem em trabalhar com a proposta de paz do governo Trump, os assentamentos israelenses continuarão a se expandir, o que tornaria impossível estabelecer um estado palestino.
Trump ‘acordo do século’
Em 28 de janeiro, Donald Trump apresentou seu plano de paz para resolver o conflito entre Israel e a Palestina, que prevê uma solução de dois estados: um israelense e um palestino, com a capital em Jerusalém Oriental.
De acordo com o projeto, que eles descreveram como ‘o acordo do século’, os assentamentos israelenses na Cisjordânia serão reconhecidos, em troca de sua construção ser congelada pelos próximos 4 anos. Segundo Trump, a Palestina dobrará seu território após o acordo.
Ao mesmo tempo, Trump indicou que sua iniciativa prevê que Jerusalém é “a capital indivisível” de Israel.