Taiwan confirmou nesta sexta-feira (14) que foi aprovada pelos Estados Unidos a venda de armas ao país asiático, em um momento em que cresce a tensão entre a ilha e a China, que a considera uma “província rebelde”.
“Esta é a primeira vez que o novo governo [de Donald] Trump anuncia uma venda de armas para Taiwan”, afirmou o Ministério das Relações Exteriores de Taipei ao comentar o pacote a ser liberado.
Segundo a Agência de Cooperação em Segurança de Defesa dos EUA, a administração do presidente taiwanês Lai Ching-te, que prometeu aumentar seus gastos militares, solicitou a Washington “componentes não padronizados, peças de reposição e acessórios, bem como apoio para o reparo e devolução de aeronaves F-16, C-130 e de caças Indigenous Defense Fighter (IDF)”.
A China, que reivindica Taiwan, não reconhecendo o território como uma nação independente, expressou sua “forte oposição” sobre a aprovação do último pacote de armas americanas a Taipei.
A transação “viola gravemente o princípio de ‘uma China’ única”, declarou o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores de Pequim, Lin Jian.
Nas últimas horas, o clima de tensão na Ásia esquentou devido a um comentário da primeira-ministra do Japão, Sanae Takaichi, que declarou seu apoio militar a Taiwan “em caso de uma emergência” contra os chineses, que pediram retratação.
Pouco depois, um porta-voz do governo contemporizou. “A posição sobre Taiwan está em consonância com o Comunicado Conjunto Japão-China de 1972”, afirmou o secretário de gabinete da premiê japonesa, Minoru Kihara, em coletiva de imprensa.
“Reiteramos firmemente a necessidade de paz e estabilidade no Estreito de Taiwan”, concluiu o representante de Tóquio.
Fonte: ANSA.
