Os EUA vão enviar mais armas e munições para a Ucrânia nos próximos dias, afirmou o porta-voz do Departamento de Defesa do país norte-americano, John Kirby, durante entrevista coletiva, nesta quarta-feira (8).
Estão incluídos no pacote de armamentos os mísseis Javelin, que são antitanques portáteis produzidos e desenvolvidos pelos próprios EUA.
O porta-voz destacou que a ajuda à Ucrânia foi aprovada pelo presidente dos Estados Unidos, John Biden, e custará 60 milhões de dólares (aproximadamente R$ 332 milhões) aos cofres americanos.
Kirby frisou ainda que o suporte dos EUA contempla um conjunto de materiais “letais e não letais”. Além dos mísseis antitanque, o país enviará, por exemplo, navios-patrulha.
Apesar de afirmar que os mísseis devem ser usados ”com responsabilidade” e “para propósitos de autodefesa”, o porta-voz explicou que os EUA não impõem restrições geográficas ao seu uso na Ucrânia.
Putin critica sanções
Nesta quarta-feira (8), o presidente da Rússia, Vladimir Putin, classificou como “um completo absurdo” dizer que a ameaça de sanções dos EUA se justifique por medida de segurança ao país norte-americano.
“São aplicadas estas restrições, sanções, sob pretexto de garantir a segurança nacional dos Estados Unidos. De que forma o seu instituto [Instituto de Física e Tecnologia de Moscou] ameaça a segurança dos EUA? De forma nenhuma, é um completo absurdo. Só há uma explicação: é uma tentativa de retardar o desenvolvimento” da Rússia, afirmou ele em um encontro com cientistas.
Putin reforçou que, quando a Rússia começou a se desenvolver, virou um concorrente tanto na área política como econômica, e que “isso já não é apreciado” por quem agora reage impondo sanções.
Nesta terça-feira (8), Putin e Biden realizaram uma reunião virtual. As discussões giraram em torno das tensões que envolvem a situação na Ucrânia.