Funcionários do governo dos Estados Unidos reafirmaram o apoio “inabalável” do país a Taiwan durante uma visita nesta 2ª feira (15.jan.2024). A ilha elegeu o nacionalista Lai Ching-te, do DPP (Partido Democrático Progressista), como presidente com 40,05% dos votos no sábado (13.jan).
Depois do resultado do pleito, a Casa Branca enviou uma delegação não oficial a Taiwan para se reunir com os presidentes atual e eleito nesta 2ª feira (15.jan).
Em uma reunião com a presidente Tsai Ing-wen, o ex-conselheiro de Segurança Nacional dos EUA Stephen Hadley deu os parabéns ao território pelas eleições e caracterizou a democracia da ilha autônoma como um “exemplo brilhante para o mundo”.
“Esperamos continuidade nas relações entre Taiwan e os Estados Unidos sob a nova administração e esforços comuns para preservar a paz e estabilidade no Estreito de Taiwan”, disse. Hadley reafirmou que “o compromisso americano com Taiwan é sólido, baseado em princípios e bipartidário”.
O candidato governista eleito no sábado (13.jan), Lai Ching-te, de 64 anos, é o atual vice-presidente da ilha e substituirá sua companheira de chapa. A atual presidente não participou do pleito por atingir o limite de 2 mandatos consecutivos.
Na reunião desta 2ª (15.jan), Lai afirmou que os Estados Unidos são os “parceiros mais importante de Taiwan” e agradeceu pelo contínuo apoio à ilha. A vitória do taiwanês nas eleições presidenciais consolida um 3º mandato do DPP.
No poder desde 2016, a legenda defende a autonomia da região em relação à China, que considera Taiwan como parte de seu território na forma de uma província dissidente. O partido também reforça a necessidade da ilha de estreitar as relações com Estados Unidos e Japão.
Durante sua campanha, Lai afirmou que dará continuidade a política de Tsai. A atual presidente taiwanesa se aproximou dos Estados Unidos, recebendo autoridades norte-americanas e visitando o país norte-americano. Ela também defendeu a manutenção da situação política da ilha e maior diálogo entre “iguais” com a China.
Pequim condenou as ações de Tsai. Durante a corrida eleitoral, a nação asiática também manifestou preocupação caso Lai fosse eleito, afirmando que a vitória representaria um “grave perigo”. Para Pequim, o político do DPP “empurrará” Taiwan “para longe da paz e prosperidade” e aproximará a ilha “para mais perto da guerra e da recessão”.
Embora tenha afirmado durante a campanha que dará continuidade as medidas de Tsai, Lai prometeu manter o “status quo” da relação com a China a fim de assegurar a paz e a estabilidade na região. Disse que a “guerra não é uma opção”. Afirmou ainda que permanecerá aberto ao envolvimento com Pequim com base na igualdade e dignidade. Ele governará Taiwan por 4 anos e deve tomar posse em 20 de maio.