Washington e Teerã estão perto de chegar a um acordo informal sobre o programa nuclear do regime de Teerã, informou o jornal The New York Times na quarta-feira.
Três altos funcionários israelenses, um oficial iraniano e um oficial dos EUA confirmaram ao jornal as linhas gerais das negociações indiretas, algumas das quais ocorreram no estado do Golfo de Omã no mês passado.
Segundo o relatório, algumas autoridades iranianas estão chamando o acordo não escrito de “cessar-fogo político”. O acordo, que duas autoridades israelenses chamaram de “iminente”, limitaria o enriquecimento de urânio do Irã ao seu atual nível de produção de 60%. O Irã também poria fim aos ataques contra empreiteiros americanos na Síria e no Iraque pelos representantes terroristas do regime.
Além disso, o Irã aumentaria sua cooperação com inspetores nucleares internacionais e interromperia as vendas de mísseis balísticos para a Rússia.
Em troca, os Estados Unidos concordariam em não aumentar as sanções econômicas, em parar de confiscar o petróleo iraniano como ocorreu em abril e em não buscar resoluções punitivas contra o Irã nas Nações Unidas ou na Agência Internacional de Energia Atômica.
O Times também informou que o Irã quer que os Estados Unidos descongelem bilhões de dólares em ativos iranianos em troca da libertação de três prisioneiros iraniano-americanos, embora Washington ainda não tenha confirmado que isso faz parte do acordo.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse na terça-feira que Jerusalém pode aceitar o “mini-acordo” emergente, de acordo com relatos da mídia hebraica.
“Este não é o acordo que conhecemos – este é um acordo com o qual saberemos como lidar”, disse o primeiro-ministro, referindo-se ao acordo nuclear de 2015 entre Teerã e as potências mundiais opostas por Israel e abandonadas pelo ex-presidente Donald Trump. em 2018.