Washington rejeita as reivindicações marítimas de Pequim no Mar da China Meridional, além do que é permitido pela lei internacional, e apoia os países do Sudeste Asiático diante da “pressão” da China.
A informação foi afirmada nesta quarta-feira pelo secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, durante uma conversa telefônica com o ministro das Relações Exteriores das Filipinas, Teodoro Locsin.
“Secretário Blinken comprometeu a apoiar o Sudeste Asiático [nações] em face da pressão da China,” a declaração do Departamento de Estado lê.
A China anunciou nesta terça-feira que fará exercícios militares na área depois que o porta-aviões norte-americano USS Theodore Roosevelt, acompanhado de três navios de guerra, entrou nas águas do Mar do Sul da China, que Pequim considera sob sua soberania. No mesmo dia, o gigante asiático aprovou uma lei que autoriza sua guarda costeira a atirar em navios estrangeiros que entrem em suas águas soberanas.
- O Mar da China Meridional é o assunto de reivindicações marítimas e territoriais sobrepostas por várias nações, incluindo China, Filipinas, Vietnã, Malásia e Brunei. Além de rico em recursos naturais, o mar também é uma importante via marítima por onde transitam milhares de navios.
- Nos últimos anos, os EUA têm estado cada vez mais ativos no Mar da China Meridional, enviando regularmente navios da chamada ‘liberdade de navegação’ para a região, bem como missões de vigilância aérea.
- Pequim, por sua vez, ressalta que a área disputada é “território chinês indiscutível”, além de sugerir que a atividade de Washington é “o motivo fundamental que afeta a estabilidade” do Mar do Sul da China.