Um general norte-americano informou que em 2020 os EUA interceptaram um número recorde de aviões militares russos perto do Alasca. O aumento de voos da Rússia é relacionado com os esforços planejados para melhorar a capacidade de combate, conforme um especialista.
O vice-chefe do Estado-Maior para Estratégia, Integração e Requisitos da Força Aérea dos EUA, general Clinton Hinote, afirmou que em 2020 os Estados Unidos interceptaram perto do Alasca um número recorde de aviões militares russos desde os tempos da Guerra Fria.
As mudanças climáticas continuam fornecendo novas oportunidades para operações na região ártica, segundo o general norte-americano.
“Não só há uma tendência para aquecimento, como isso permite maior atividade. Curiosamente, toda essa atividade não é benigna. Assim, como exemplo, no ano passado interceptamos mais voos militares russos perto do Alasca do que desde a Guerra Fria. Então, há uma tendência não apenas de competição, mas de competição no domínio militar”, disse o general Hinote.
Comentando o discurso do general dos EUA, o editor-chefe da revista militar Natsionalnaya Oborona, Igor Korotchenko, afirmou à Sputnik que o aumento dos voos russos no espaço aéreo do Ártico é relacionado com os esforços planejados para melhorar a capacidade de combate. A Rússia realiza manobras nas regiões que têm interesse para a Força Aeroespacial da Rússia.
“O aumento dos voos de Tu-160 e Tu-95MS no espaço aéreo do Ártico é relacionado com o aprimoramento planejado da capacidade de combate, nossos bombardeiros estratégicos atuam em distâncias intercontinentais. São treinamentos de missões de combate nas regiões que interessam à Força Aeroespacial da Rússia”, disse o editor-chefe da revista militar.
O especialista destacou que o aumento drástico de intercepções de aviões russos por caças da Força Aérea dos Estados Unidos na região do Alasca reflete a atividade crescente da Força Aeroespacial da Rússia na área.
O especialista militar adicionou que os bombardeiros russos realizam os voos em conformidade com a lei do uso do espaço aéreo, sem violar fronteiras.