A Europa está fragmentada quanto à pretensa condenação de alguns países encabeçados por Luxemburgo, por causa da decisão da extensão da soberania de Israel aos territórios da Judéia e Samaria, à qual muitos mal intencionados chamam de “anexação”.
Vários países europeus ameaçam não votar a favor da proposta de condenação, em especial a Hungria, que se tem mostrado extremamente favorável a Israel.
Apesar de representar uma minúscula nação de 626 mil habitantes, o Luxemburgo posiciona-se contra a decisão israelita, tentando incentivar o bloco europeu a “falar com uma voz forte e unificada” e a defender um mundo onde “prevaleça a força da lei, não a do mais forte.”
Representantes da União Europeia receiam que uma medida unilateral tomada por Israel acabe por minar anos de esforços para a paz.
Sabe-se no entanto que não existe consenso nem unanimidade na Europa quanto aos planos de Israel a efetivar já a partir do primeiro dia de Julho próximo.
Um diplomata europeu, falando sob anonimato, informou que “a Europa chegar a uma posição comum sobre isto é um autêntico inferno.”
Ao lado da posição anti-Israel liderada por Luxemburgo, posicionam-se a Bélgica, a Irlanda, Portugal, a Eslovênia, a Suécia, Malta e a Finlândia.
Apesar de alguns destes países serem pequenos, têm no entanto a mesma força de voto que os maiores no que toca a decisões tomadas em conselhos europeus.
Posicionados contra o Luxemburgo e seus aliados, estão a Hungria, a República Checa, a Eslováquia, a Áustria, a Grécia, a Letônia, Chipre e Polônia, sendo que todos eles, até certo ponto já se mostraram interessados em defenderem os interesses de Israel.
A Hungria chegou inclusivamente a bloquear uma tentativa para se assumir uma posição conjunta europeia contra a decisão de Israel.
Entre os estados maiores, a França, que tem a maior comunidade de judeus e de árabes na Europa, juntamente com a Espanha, alinharam-se com o Luxemburgo, mas sem grande alarido.
A Dinamarca e a Holanda situam-se a meio com a Alemanha e a Itália, criticando Israel por vezes, mas não sendo abertamente pró-palestinianos.
Berlim está contra o plano, alertando que Israel terá de “pagar o preço”.
Apesar disso, a Alemanha não irá incentivar sanções econômicas contra Israel.
A União Europeia é o maior parceiro econômico de Israel, com cerca de um terço das exportações de Israel.
A Suécia já deu um passo maior contra Israel, ao ter reconhecido oficialmente a existência de um estado palestino. Isso apesar de não haver nenhuma decisão da UE sobre o assunto.
Estamos rapidamente a aproximar-nos do cumprimento da grande profecia de Zacarias:
“Palavra do Senhor sobre Israel: Eis que Eu farei de Jerusalém um cálice de tremor para todos os povos em redor, e também para Judá, durante o cerco contra Jerusalém. E acontecerá naquele dia que farei de Jerusalém uma pedra pesada para todos os povos; todos os que a carregarem certamente serão despedaçados; e ajuntar-se-à contra ela todo o povo da terra.”